Uma crítica ontológica aos Estudos das juventudes a partir de Georg Lukács
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17443 |
Resumo: | O caminho aqui escolhido refere-se à possibilidade de crítica ontológica dos estudos das juventudes a partir da ontologia do ser social – evidenciando a questão histórico-social e de fundamento teórico de diferentes epistemologias que tratam de forma gnosiológica as “juventudes”, com destaque para as perspectivas ligadas ao estruturalismo, ao funcionalismo, ao positivismo, ao pragmatismo, à sociologia do conhecimento e à psicologia cognitivo comportamental, que foram as correntes que mais investigaram as juventudes no início e nos meados do século XX e continuam a impactar os estudos contemporâneos. Essas epistemologias – não de forma irrestrita, evidentemente – são perpassadas pelo movimento intitulado por Georg Lukács de decadência ideológica. Ou seja, fazem parte de um período de depreciação das ciências sociais, localizado no pós-revolução de 1848, caracterizado de forma geral pela sustentação de argumentos de caráter científico que viabilizam a reprodução da sociedade burguesa, como premissa. E isso motivou a realização de uma espécie de estado da arte no campo de estudo das juventudes, buscando compreender a atual organização da produção de conhecimento. Apesar de inicialmente o caminho escolhido ter fornecido indícios de um estudo gnosiológico, dada a tentativa de compreender as produções teóricas realizadas nas ciências sociais e humanas, em especial no período em que surge a chamada sociologia da juventude, logo de início reforço que a busca nessas linhas se refere a um estudo ontológico, de compreensão do ser social agregado à singularidade da questão das idades, portanto posto em um lugar de abstração diferente. As conclusões remetem ao entendimento de que o ser social em sua juventude é, também, um ser que dá respostas, mas a partir de um campo de manobra reduzido e sociopoliticamente determinado, organizado para contribuir com a reprodução das relações sociais como elas estão. Os estudos ora apresentados concluem que o ser social, em suas singularidades, possui condições objetivas diferentes de dar respostas a esse mundo ambiente. Essas respostas impactam e são impactadas na forma como culturalmente se desenvolvem as relações sociais e a reprodução da vida em seu conjunto de valores e costumes. As marcas sociais e biológicas influem na vida dos sujeitos e impactam o movimento da história, assim coexistem no desenvolvimento da individualidade e da generidade do ser humano, ou seja, expressam o acúmulo genérico do ser. É, portanto, a partir da busca pelo desvendar das legalidades multideterminadas contidas na ontologia do ser social que começa a ganhar vida esta tese, e, desde então, deixa de ser apenas possibilidade – dynamis, nas palavras de Aristóteles – para se tornar objetivada nas linhas que seguem, dando início a um possível processo dialógico que tem como resultado uma breve crítica ontológica das juventudes. |