Migração, redes e territorialidades: os estudantes bissau-guineenses na cidade de Fortaleza/CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sena, Kananda Beatriz Pinto De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107634
Resumo: No início do século XXI, presenciamos coexistências de movimentos no que concerne à migração internacional. Eles são marcados por intensos fluxos de pessoas que se deslocam em diferentes escalas espaciais e temporais. Para fazer a leitura e interpretação da migração no contexto da globalização, destacamos os movimentos migratórios dos estudantes bissau-guineenses para o território brasileiro, notadamente o estado do Ceará, tendo como recorte empírico a cidade de Fortaleza, pois compreendemos que essa migração não se configura enquanto um mero deslocamento que se reconhece o lugar de partida e chegada, mas sim enquanto mobilidades que se formam a partir das redes técnicas e sociais/solidariedade. Nesse sentido, a pesquisa tem como objetivo geral explicar como as redes migratórias contribuem para a migração dos estudantes bissau-guineenses até a cidade de Fortaleza, buscando, de modo mais específico, identificar como se configura as redes do ponto de vista da articulação escalar entre os lugares e os sujeitos envolvidos na migração, além de verificar também as territorialidades dos estudantes bissau-guineenses do ponto de vista do estudo, do trabalho, da moradia e do lazer. Para alcançarmos os objetivos da pesquisa definimos algumas atividades teórico-metodológicas, quais sejam: 1) levantamento bibliográfico com temáticas específicas (migração internacional, migração de estudantes africanos e bissau-guineenses, globalização, redes técnicas, sociais e migratórias, território e territorialidades); 2) levantamento documental (diagnósticos, documentos e outros materiais disponíveis em órgãos públicos e privados), que envolvam os temas referidos; 3) montagem de hemerotecas temáticas; 4) levantamento estatístico e a organização de um banco de dados, a fim de dar suporte ao aporte teórico apresentado, e à espacialização dos dados coletados ; 5) trabalho de campo (entrevistas online) realizado com objetivo de compreender o papel e a importância das redes e o perfil dos estudantes bissau-guineenses. Como resultados, destacamos a presença dos migrantes bissau-guineenses em diferentes unidades federativas do Brasil, mas que no território cearense, sobretudo na cidade de Fortaleza, essa presença tem os estudantes bissau-guineenses com centralidade em crescimento e que está vinculada às redes migratórias, mas também pelas circularidades entre diferentes lugares do ponto de vista do estudo, da moradia, do trabalho e do lazer.