Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Paula, Milena Lima de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=78244
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Resumo: |
<div style="">A experimentação de drogas começa muito cedo, por volta dos 10 a 12 anos. Sobre o uso de crack por adolescentes, acredita-se que a substância passou a ser consumida no final da década de 80, por meninos de rua, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A partir da década de 80, a prevalência de uso desta droga por sujeitos na adolescência foi progressiva. Também se observa que a maioria das internações para desintoxicação de usuários adolescentes está associada ao uso de crack. Em relação aos fatores que contribuem para o uso de drogas, a família desempenha papel importante quando não proporciona um ambiente suportivo; por outro lado, um contexto familiar acolhedor funciona como proteção para o comportamento de usar drogas. De acordo com os princípios da Reforma Psiquiátrica, quando amparada por uma rede social de apoio, a família também desempenha função importante nos cuidados aos usuários, favorecendo a reinserção social destes sujeitos. O estudo buscou conhecer as estratégias de enfrentamento das famílias e usuários, na busca do cuidado aos usuários adolescentes. Possui os seguintes desdobramentos: Descrever as estratégias de enfrentamento das famílias e usuários, na busca do cuidado aos usuários adolescentes; identificar os itinerários terapêuticos utilizados pela família dos adolescentes usuários de crack; Descrever as estratégias de enfrentamento das famílias e usuários na busca do cuidado aos usuários adolescentes; Identificar as transformações na dinâmica da família, a partir da experiência com o uso de crack; Conhecer o contexto familiar dos adolescentes relacionado aos cuidados destinados aos usuários de crack. O estudo faz parte de uma pesquisa ampla denominada A atenção clínica na produção do cuidado aos usuários de crack assistência à saúde e redes sociais de apoio, com financiamento do CNPq/MS. Trata-se de um estudo qualitativo, crítico e reflexivo realizado na cidade de Fortaleza. Participaram do estudo, 17 sujeitos; sendo 11 adolescentes e 6 familiares. Para a coleta de dados foram utilizadas as seguintes técnicas: entrevista semiestruturada, observação sistemática e desenho-estória. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da UECE. A análise do material empírico, para melhor entendimento do objeto de estudo, baseou-se na hermenêutica crítica. Deste modo, pôde-se perceber, através dos relatos de familiares e adolescentes, as modificações que famílias vêm sofrendo, as implicações dessas mudanças, no que diz respeito aos cuidados dos adolescentes, as experiências de uso de crack, bem como as estratégias de enfrentamento, utilizadas pelas famílias e adolescentes, para lidar com a situação de uso de crack. Nesse contexto, identifica-se que a busca por tratamento ainda centrase em um modelo de internação que tem a sua eficácia ao proporcionar o afastamento do adolescente do contexto de uso de drogas. Tal fato demonstra as dificuldades das famílias para lidarem com os adolescentes que abusam de crack, mas também revela um contexto escasso de apoio e de ineficácia das políticas públicas na proteção das famílias e dos adolescentes. Tal situação favorece o contexto de exclusão no qual os jovens estão inseridos. Diante do exposto, compreende-se que a problemática exige ações de vários setores, tais como da saúde, educação, Justiça e assistência social, dentre outros. Palavras-chave: Adolescentes. Relações familiares. Crack. Políticas de proteção social. </div> |