Amor mundi: sobre a recuperação do sentido da política em Arendt

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reinaldo, Francisco Jameli Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84485
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O amor mundi, com o qual nos dispomos a analisar na presente dissertação a contribuição de Arendt para iluminar o quadro político de nosso tempo, sintetiza o esforço da pensadora alemã de pensar a perspectiva de uma recuperação do significado da política em sua semântica originária. Este deve ser entendido como preocupação com o mundo, que se traduz em interesse pela felicidade pública advinda do convívio num espaço em que palavra e ação são propriedades fundamentais, o espaço público em sua configuração política. A reflexão da autora sobre a urgência de se pensar a recuperação do significado da política nasce no quadro de esfacelamento da tradição, advindo do surgimento das ideologias totalitárias, o nazismo e o bolchevismo. É por meio delas que Arendt percebe que o amor, sentimento mais adequado à intimidade do lar, deve tornar-se um imperativo da ação, como cuidado com o mundo. Essa epifania do agir, amor mundi, que vasculha na tradição o significado da política, entendido como liberdade, fala e ação num espaço publicamente constituído, ao mesmo tempo em que identifica ocasiões em que este mesmo significado foi aviltado, é uma urgência do nosso tempo, uma vez que cada vez mais o espaço da política é reduzido à administração da economia, em que a ação dos cidadãos é atrofiada na representação por meio do voto, em que o público é sufocado por interesses privados. Quando o político enfrenta sérios riscos de desenvolver tiranias, Arendt alerta que é possível, mesmo em meio a situações mais adversas, esperar pelo imprevisível (initium). Pelo initium que é o homem enquanto ser de ação, é sempre possível esperar novos começos que nos libertam do caos a que o político foi historicamente legado. O cotejo das obras A condição humana e Origens do totalitarismo, posto que nos convidam a “pensar o que estamos fazendo”, será fundamental para a compreensão da urgência do amor mundi.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Amor mundi. Totalitarismo. Tradição. Política.</span></font></div>