Formação como capacitação: um estudo marxiano sobre a qualificação do pedagogo brasileiro em tempos de crise estrutural do capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Marinho Junior, Expedito Vital
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83255
Resumo: <div style="">Esta pesquisa buscou compreender como vem sendo feita a formação do pedagogo brasileiro nas duas últimas décadas (1990-2010). Acreditamos que este período é de extrema importância para o estudo porque foi em meados de 1990 que ocorreu uma reformulação do aparelho estatal no país sob coordenação do então presidente Fernando Henrique Cardoso, continuando e aprofundando-se durante o Governo Lula da Silva, que já está encerrado e ao qual limitamos nosso estudo. Foi durante esse período que o mundo vivenciou reformulações de caráter político, econômico e social; são exemplos dos eventos que antecederam imediatamente este período e o influenciaram: a crise do petróleo (1970); a falência do modelo keynesianista de Estado (1980); a queda do muro de Berlim (1989) e o advento do neoliberalismo (1990). Eventos como esses associados às novas demandas do mundo capitalista globalizado em crise trouxeram ao campo educacional reformulações emanadas de diversas partes, em especial, de organismos multilaterais como o Banco Mundial que, atualmente, é o principal responsável pelos investimentos/empréstimos realizados aos países pobres em busca de desenvolvimento. Limitamo-nos, nesta pesquisa, ao entendimento de como esses eventos influenciam nas políticas de formação do pedagogo no Brasil e pretendemos analisar as consequências desses fatos naquele que é um dos principais responsáveis pela humanização: o professor. Portanto, elencamos como instrumentos de auxílio de nossa pesquisa documentos de grande relevância para o entendimento deste tema, especialmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96) e a Proposta de Diretrizes para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica, em Cursos de Nível Superior (2000), além de vasta bibliografia que nos ajuda a esclarecer e a compreender melhor suas entrelinhas; bem como sua (des)articulação com o que, fundamentalmente, se concebe como formação humana. Destarte, denominamos nossa pesquisa como bibliográfica-documental. Baseamos nosso estudo nas teorias desenvolvidas por MARX (2006, 2008, 2010, 2011) e ENGELS; ademais, MÉSZÁROS (2002, 2011); LEHER (1999); no campo da política educacional, em autores como MORAES, EVANGELISTA e SHIROMA (2003); JIMENEZ e ROCHA (2007); JIMENEZ, RABELO e MENDES SEGUNDO (2010); TONET (2005), dentre outros. Objetivamos discutir os desdobramentos da crise estrutural do capital na formação docente do pedagogo brasileiro, fazendo um contraponto entre a concepção educacional presente nos documentos oficiais e a perspectiva marxiana de formação. Esperamos, atentando aos limites que estão para além desta pesquisa, ter contribuído na compreensão do conceito marxiano de formação humana e apontado no sentido da superação dos obstáculos que aprisionam a humanidade de sua emancipação plena.&nbsp;</div><div style="">Palavras-chave: Formação de Professores; Crise Estrutural do Capital; Políticas Educacionais; Marxismo.</div>