Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silva, Francisca Galiléia Pereira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=67283
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Resumo: |
Refletir a respeito da filosofia farabiana é, antes de qualquer coisa, voltar-se para um contexto histórico-cultural envolvido pelos preceitos religiosos do islamismo e por um vasto ciclo de tradução e estudos da filosofia grega. Com uma análise inicial do surgimento e expansão do império Islâmico, é possível compreender o desenvolvimento das diferentes correntes de pensamento que se encontravam reunidas sob a égide do Islã e que, diante da consideração dos problemas resultados do convívio com inúmeras culturas distintas, pretendiam ora fortificar, ora questionar os fundamentos islâmicos. As diversas abordagens sugeriram, então, o aparecimento de distintos grupos de pensamento: por um lado, tem-se o Kalam (teologia), por outro, a Falsafa (filosofia). Como filósofo árabe, Abu Nasr al-Fārābī, conhecido, também, como o Segundo Mestre, constitui a sua reflexão filosófica como tentativa de estabelecer uma realidade racional em uma sociedade envolta pelos princípios religiosos do Islã. Filósofo que vive o seu tempo, ele fundamenta, na leitura das obras de Aristóteles e Platão, a sua intenção ideológica, de modo que sua filosofia possui um visível caráter político. Compreendendo a felicidade como o fim último, al-Fārābī (bem como Aristóteles) ressalta que o homem é um animal social e, por isso, só poderá conquistar seu aperfeiçoamento no interior de uma sociedade que, por sua vez, deve se direcionar para o mesmo fim. Visando obter a perfeição, a cidade deve ter, como modelo, a ordem presente na estrutura do universo, do mundo inteligível, onde cada ser exerce um papel específico para, juntos, formarem uma organização perfeita. Nesse processo de estabelecimento de uma comunidade ideal onde todos possam ser felizes, a Religião adquire um novo sentido. Ela será utilizada pelo filósofo - tendo em vista que é ele o único que, pelo conhecimento filosófico, pode instaurar uma sociedade perfeita - como um instrumento político de persuasão para aqueles que, por si, não compreendem o necessário para a conquista da felicidade. Palavras-chave: Al-Fārābī; Filosofia; Religião; Política. |