A mobilização quilombola no Ceará e os efeitos do processo de territorialização: do reconhecimento à implementação de políticas públicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodrigues, Filipe Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83588
Resumo: <div style="">O objetivo deste trabalho é analisar os efeitos do processo de territorialização sobre a população quilombola no Estado do Ceará a partir da Constituição de 1988 – que reconheceu, pela primeira vez, direitos para os “remanescentes de quilombo”. O trabalho pretende responder aos seguintes questionamentos: 1) quais os impactos do processo de territorialização sobre os quilombolas no Ceará? 2) como esta população começou a ganhar visibilidade no Estado? 3) como as mudanças na legislação federal afetam a dinâmica das políticas públicas para os quilombolas no Ceará?; e, finalmente, 4) como as lideranças quilombolas começaram a se organizar para terem acesso a estas políticas? Os dados que serão utilizados foram obtidos por quatro fontes distintas, a saber: 1) pesquisa documental realizada no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA-CE), na Secretaria de Educação (SEDUC), na Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), na Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial (CEPPIR) e nos sites oficiais da FCP, da SEPPIR e do MEC; 2) pesquisas acadêmicas que estudaram direta ou indiretamente as comunidades quilombolas no Ceará; 3) registros de campo realizados durante participação em eventos e reuniões com técnicos e lideranças quilombolas promovidas pela SEDUC e pela CEPPIR durante os anos de 2014 e 2015; e 4) Entrevistas semi-estruturadas com técnicos da INCRA, SEDUC, SDA e CEPPIR e com algumas lideranças quilombolas. A pesquisa demonstra como o processo de territorialização sobre os quilombolas no Ceará resultou na implementação de políticas públicas para esta população a partir de 2005, bem como na organização política de lideranças quilombolas que passaram a desenvolver ações para acessar as mesmas.&nbsp;<span style="font-size: 10pt;">Palavras-chave: Etinicidade. Quilombola. Políticas Públicas. Territorialização.</span></div>