COMPOSIÇÕES NARRATIVAS EM TORNO DA ÉTICA DE CUIDADO: ENCONTROS COM FORÇAS-IMAGENS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO CIRCULAR DE RUA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: NOGUEIRA, ALEXANDRE SEMERARO DE ALCÂNTARA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Ufc
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83897
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta tese, apresentada em ensaios, problematiza e aprofunda a questão da ética do cuidado, visando contribuir com a produção científica em Saúde Coletiva. Delineada pela concepção de pesquisa qualitativa, de cunho interventivo, recorre a referências bibliográficas diversificadas e assistemáticas, em coadunação com fontes oficiais e não oficiais; convencionais e não convencionais; familiares e estranhas; padronizadas e desviantes. Nessa coadunação, seu marco teórico atravessa concepções históricas, científicas, documentais, autobiográficas, midiáticas e artísticas, numa contínua galeria de múltiplas referências. Mostradas entre o rigor científico e o perambular de inquietações e desconfianças críticas, realiza um afastamento de marcos teóricos clássicos, pela via da narrativa. Com a criação de alianças com crianças e adolescentes em situações circular de rua, produz composições, numa dobra e diferença de perspectiva em torno da ética do cuidado, outra. Em percursos imprevisíveis e repletos de provisoriedades, aproxima-se de ideias de Benjamin e Foucault, em sucessivos trânsitos realizados em espaços institucionais e públicos. Nessa ruptura, distorce e dissolve concepções de representação pura e identidade definida, numa montagem de mosaicos narrativos, fundidos em tempo-espaço-voz com entradas e aberturas para pensar-fazer de seus resultados e efeitos. A discussão, considerada com a utilização de fotografias e desenhos produzidos no período do campo, juntamente com trechos do diário de campo, num feitio de narrativa analítica, apresenta indagações e realiza problematizações em torno da centralidade de sujeito e do império do conhecimento via posse do objeto. Ao invés dessa concepção, sugere uma entrada pelas práticas discursivas e jogos de poder, numa fusão entre sujeito-objeto, pela via da fraca-força da narrativa, apresentada numa ética pensada pelo acontecimento, pela criação estética de existência, pelo excesso de blocos de afetos, num embaraço de paradoxos com o naturalizado. Diante de temáticas transversais, tais como: territórios e trajetos afetivos; marcas, tatuagens e cicatrizes; espiritualidade; jogos e brincadeiras; exames e sexualidades; pesquisas envolvendo seres humanos e violências, a discussão percorre um afastamento de morais maniqueístas, reducionistas e de dominação, produzidas pela composição de implicações relacionais de afetos, na processualidade de acontecimentos devires. Nesse esforço, a concepção de ética do cuidado, outra é inconclusiva. Entretanto, num</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">esforço de concluir o inconcluso e sinalizar princípios oferece a narrativa: Desdobramentos inconclusos. Esta, apresentada num diálogo alegórico, vincula-se aos seguintes princípios conclusivos: 1. Implicação-movimento relacional; 2. Acolhimento de paradoxos, na intensificação de processos; 3. Desistência do caráter moralista maniqueísta e da lógica neoliberal e de mercado; 4. Produção de criações imprevisíveis, em contínuas improvisações; 5. Intensificação das relações, consideradas em suas práticas de subjetivação e produção de forças de poder ativa; 6. Distanciamento da representação, identidade, do caráter pessoal e individual, pela via da diferença, do impessoal e do coletivo, traçado pelo micro; 7. Reconhecimento da fraqueza de produção de protocolos e padronizações; 8. Resistência pela renúncia de lutas de classes, sem desconsiderar as desigualdades produzidas historicamente; 9. Reconhecimento da fraca-potência da produção de narrativas não lineares e borradas pelas imagens-forças de blocos de afetos.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Ética do cuidado. Método desvio. Narrativa. Crianças e adolescentes em situação circular de rua.</span></font></div>