Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Pedro Henrique Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=105737
|
Resumo: |
Aedes aegypti é o principal vetor de transmissão da dengue, doença negligenciada e que se tornou um grave problema de saúde pública nos países tropicais. Atualmente no controle desse vetor, inseticidas químicos têm sido utilizados, porém esses compostos prejudicam a saúde da população. Nessa perspectiva, há necessidade de desenvolver agentes larvicidas de origem natural menos agressivos ao meio ambiente, como por exemplo, à base de óleos essenciais (OE) de plantas, como as do gênero Croton. Objetivou-se com este trabalho estudar o ritmo circadiano, a atividade larvicida frente ao A. aegypti dos OE de Croton blanchetianus e realizar o estudo in silico dos componentes majoritários dos óleos. As composições químicas dos OE das folhas obtidas por hidrodestilação foram analisadas e identificadas por CG-EM e CG-DIC. No bioensaio larvicida, 50 larvas de A. aegypti no 3° instar foram colocadas em béqueres contendo os OE dissolvidos em 20 mL de H2O/DMSO 1,5% com mortalidade registrada após 24 horas de exposição. Foram realizadas simulações de docking molecular entre ligantes e a enzima NS5 do vírus da dengue para estudar o mecanismo de ação dos compostos majoritários do óleo. Estudos farmacocinéticos in silico foram efetuados através de simulações de Drug-Likeness, ADMET e bioatividade. De acordo com os resultados, o estudo circadiano mostrou diferenças na composição química dos OE das folhas de C. blanchetianus em diferentes horários do dia. Os principais componentes dos OE foram α-pineno, β-felandreno, eucaliptol, β-cariofileno, biciclogermacreno e espatulenol. A atividade larvicida contra A. aegypti dos OE de C. blanchetianus apresentou valores de CL50 de 55,294 ± 3,209 μg/mL, 95,485 ± 2,684 μg/mL, e 64,883 ± 1,780 μg/mL para os óleos extraídos em 8h, 12h e 17h, após 24 horas de exposição das larvas do mosquito. Na simulação de docking molecular, todos os fitoquimicos apresentaram um potencial para se complexarem com a enzima NS5, e entre todos os componentes, o espatulenol apresentou a maior afinidade, se acoplando na mesma região que se complexa β-cariofileno-NS5, β-felandreno-NS5, α-Pineno-NS5 e eucaliptol-NS5. Os dados previstos no teste in silico nos levam a concluir que as substâncias possuem um bom alinhamento dos parâmetros farmacocinéticos, além de possuírem bioatividade favorável com baixa incidência tóxica, o que os torna bons candidatos a fármacos. O presente trabalho representa um passo fundamental para o desenvolvimento de uma abordagem ecologicamente correta para o controle do mosquito A. aegypti e para o desenvolvimento de novos fármacos utilizando os compostos majoritários dos OE de C. blanchetianus. |