História de vida e velhice: entre subjetividades e trabalho alienado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pontes, Maria Goretti de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97670
Resumo: <div>Esta pesquisa teve como objetivo principal identificar a centralidade que o trabalho ocupa na trajetória de vida dos velhos que trabalham como vendedores ambulantes do centro de Fortaleza/Ce. Além disso, busquei identificar o perfil sócio econômico e cultural desses trabalhadores e as condições materiais objetivas e subjetivas que contribuem para a permanência desses velhos enquanto trabalhadores. Através da metodologia da história oral de vida, realizei um resgate histórico da vida de dois velhos vendedores ambulantes e, através da realização de entrevistas semiestruturadas e anotações em diário de campo, identifiquei em suas falas as relações estabelecidas com a atividade do trabalho. A análise do material coletado foi realizada a partir da perspectiva materialista dialética, de modo a compreender que as experiências singulares estão inseridas em uma totalidade social. Assim, apresentei os determinantes que contribuem para a permanência do velho no mercado de trabalho, as tensões que se apresentam como consequência dessa situação para a classe trabalhadora e as mediações que emergem desse contexto. Inicialmente, realizo uma pesquisa teórica apresentando um resgate histórico sobre o desenvolvimento do capitalismo, as suas particularidades na América Latina e no Brasil e os desdobramentos que acarreta para a classe trabalhadora, que passa a vivenciar as expressões da “questão social”, em um cenário no qual o capital avança com os investimentos no âmbito tecnológico ao mesmo tempo em que a classe trabalhadora se torna mais empobrecida. Em seguida, analiso as falas dos interlocutores, identificando que ambos são de origem rural e tiveram as suas infâncias marcadas pelo trabalho agrícola familiar. Atualmente, os dois compõem domicílios intergeracionais, nos quais são os principais responsáveis financeiros pela reprodução material familiar. As suas falas trazem a vivência do trabalho na roça e, atualmente, no Centro, enquanto mediação central de suas relações sociais, para além da sua sobrevivência. <br/></div><div><br/></div><div>Palavras-chave: Velhice. Trabalho. Informalidade.<br/></div>