Trabalho informal: ambulantes nos transportes coletivos de Fortaleza / CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bezerra, Aglailton da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97133
Resumo: <div>A presente pesquisa tem como foco as configurações do trabalho na contemporaneidade. Pauta-se na percepção das correlações de forças estabelecidas pelo capital diante de sua consolidação. Desse modo, destacam-se como principais categorias: trabalho, trabalho informal, questão social e precarização. O trabalho informal adquire centralidade nesta produção ao perceber o reinventar das práticas cotidianas dos trabalhadores/as, consequência do crescente antagonismo na sociedade capitalista. Essa realidade manifesta o conceito das lutas de classes hoje. Portanto, o olhar analítico desta pesquisa fomenta a compreensão das condições de trabalho dos vendedores/as ambulantes nos coletivos urbanos da cidade de Fortaleza no Estado do Ceará. O percurso metodológico possibilitou a apreensão teórica das categorias mencionadas, em articulação com os objetivos da pesquisa: Compreender a representação de trabalho informal para os vendedores ambulantes dos coletivos de Fortaleza; identificar as estratégias discursivas utilizadas por esses trabalhadores e trabalhadoras para realização da venda; analisar o perfil desses sujeitos, percebendo suas fragilidades sociais e o contexto que enfrentam. Para isso, utilizou-se como método a observação participante nos transportes coletivos e os registros feitos no diário de campo, no período de março de 2018 a fevereiro de 2020. Como forma de alcance dos objetivos propostos, foi desenvolvida duas entrevistas semiestruturadas e esse número se deu devido os desdobramentos da pandemia provocada pelo Corona Vírus . As entrevistas foram realizadas no Terminal de Integração de ônibus que se localiza no bairro Siqueira, popularmente chamado Terminal Siqueira. Para coleta dos dados e fundamentação da observação participante, utilizou-se do ônibus Grande Circular 051, o qual percorre um trajeto de aproximadamente 3h e 20 min, assim me fiz presente nessa rota, percorrendo-a na sua totalidade e fazendo os registros, durante muitas semanas dentro do período de mestrado. A análise qualitativa da informalidade no trabalho foi enriquecida através das entrevistas. A aproximação com o campo representou uma forma de amadurecimento sobre o fenômeno social estudado e culminou em uma inspiração etnográfica para compreensão da realidade. Desse modo, é possível perceber o trabalho informal como reflexo da sociedade atual, tendo como alicerce a dominação e subordinação ao capitalismo. Os trabalhadores/as na condição de precarização tendem a assumir, em muitos casos, a informalidade como saída para sobreviver.&nbsp;</div><div><br/></div><div>Palavras-chave: Trabalho informal. Questão social. Vendedores ambulantes. Precarização. </div>