Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Nepomuceno, Luciana Holanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=37223
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Resumo: |
Esta dissertacao tem como objeto de estudo o processo ensino-aprendizagem em uma media empresa, tal como ele e narrado pelos sujeitos que o vivenciam. O pressuposto que fundamenta esse trabalho e a indicacao de que o homem se educa, humaniza-se, na producao e nas relacoes de producao, via um processo de contradicoes entre educacao e deseducacao, qualificacao e desqualificacao, humanizacao e desumanizacao (MARX, 1980). Este trabalho orienta-se epistemologica e metodologicamente pela Teoria Critica, tal como concebida e desenvolvida pela Escola de Frankfurt (Cf. HELD, 2001). Realizou-se uma pesquisa qualitativa, utilizando como instrumento de coleta de dados a entrevista com questao-estimulo (ALBANDES-MOREIRA, 2002), dado que ela viabiliza o desvelamento da(s) teoria(s) pessoal(ais) subjacente(s) as praticas, demarcando o territorio conceptual e existencial da relacao, determinando as perspectivas de exame do tema por parte do entrevistado e a contextualizacao no tempo e no espaco da experiencia do sujeito, tornando-a historica. As categorias criticas emancipacao e dialetica nortearam tanto a coleta de dados como a analise dos mesmos. Os discursos decorrentes das entrevistas foram tomados como uma totalidade e fizeram emergir metaforas e analogias utilizadas pelos sujeitos e consideradas, neste trabalho, sob duas prespectivas: (1) via compreensao do territorio da empresa como um espaco socio-politico. Este espaco apresentou-se com caracteristicas tais que o localizava proximo ao coronelato: tornar-se metalurgico, nesta organizacao, parece ser tornar-se servidor do coronel; (2) via uma perspectiva psicanalitica onde se desvela a relacao fraterna entre os trabalhadores da organizacao, na metafora organizacao como familia. Como conclusao provisoria o discurso dos entrevistados parece apontar para uma organizacao da organizacao especifica que lhes surge como dada. Ha uma naturalizacao das relacoes sociais no ambito organizacional, legitimando a situacao de divisao radical do trabalho e as relacoes de poder presentes na organizacao. A naturalizacao de uma relacao que e historica e social e viabilizada pelos sujeitos via metaforizacao da empresa como familia. Esta metafora se ancora nas relacoes de equivalencia e rivalidade desenvolvidas com os irmaos-trabalhadores e na relacao de dependencia evidenciada na vinculacao com o patrao, um novo pai, pai primevo que lhes demanda um papel ao mesmo tempo em que provideancia o controle, a lei, os limites por eles demandados. |