Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Daniele Holanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96404
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Resumo: |
<div>O objetivo desta dissertação foi analisar a posição que as mulheres ocupam na esfera de poder dentro do Acampamento Zé Maria do Tomé, que se situa no município de Limoeiro do Norte/CE. Nosso lócus de pesquisa foi o Grupo Mãos que tecem, formado pelas e para as mulheres acampadas. A partir dessa delimitação, buscamos identificar quais as práticas cotidianas que representavam a participação da mulher no Zé Maria do Tomé. Por acreditarmos que o espaço do acampamento diminui as fronteiras entre os papéis preestabelecidos para homens e mulheres, buscamos visibilizar exatamente as mudanças nas relações de gênero dentro desse território e, assim também, analisar como e em que medida o processo de formação do citado Grupo contribuiu para a autonomia e o empoderamento das mulheres tanto no espaço privado, quanto no público. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizamos, como procedimento metodológico, a revisão de literatura e a pesquisa de campo, que nos permitiu adentrar no Mãos que tecem. Realizamos também a observação dos encontros, o que nos ajudou para a realizar as entrevistas semiestruturadas e na análise dos dados coletados. No total, entrevistamos seis mulheres acampadas que fazem parte do Grupo Mãos que tecem e que já tinham participado de algum setor de organização do referido Acampamento. As conclusões indicam que existe uma relação desigual de poder entre mulheres e homens. A cultura patriarcal ainda é bastante presente no território, o que dificulta o acesso e a permanência das mulheres no espaço público. No entanto, também identificamos que as mulheres, ao se inserirem no espaço geral do Zé Maria do Tomé, tem acesso a novos dispositivos que as fazem reavaliar o contexto em que estão inseridas, principalmente no espaço privado. As interlocutoras passam a buscar autonomia econômica com a formação do Mãos que tecem. Portanto, a análise dos dados aponta para existência de ações cotidianas das mulheres que buscam por ampliação do poder nas dimensões econômica, pessoal, social e política.</div><div><br/></div><div>Palavras - chave: Mulheres rurais. Relações de poder. Resistência.<br/></div> |