EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR NA INVESTIGAÇÃO DA CAPACIDADE VETORIAL DE Lutzomyia migonei NA TRANSMISSÃO DE Leishmania infantum NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: RODRIGUES, ANA CAROLINE MOURA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87169
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença grave e crônica que pode levar ao óbito. No Ceará, o município de Fortaleza, se destaca pela ocorrência de ambas as formas da doença. Os vetores são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes ao gênero Lutzomyia no novo mundo e Phlebotomus no velho mundo. A maioria dos flebotomíneos encontrados na natureza não desempenha qualquer papel na transmissão das Leishmanioses. A incriminação de um vetor é baseada em uma série de observações. A ausência de Lutzomyia longipalpis em áreas onde casos de LV têm sido relatados sugere a participação de outras espécies de flebotomíneos ou a existência de modos de transmissão secundária. Este trabalho teve como objetivo analisar os dados relacionados à transmissão da LV, e discutir a respeito da distribuição do vetor, reservatório doméstico e casos humanos ocorridos no período de 2009 a 2013. Assim como, avaliar a participação de Lutzomyia migonei na cadeia de transmissão da LV no município de Fortaleza, analisando alguns aspectos de sua competência vetorial, quantificando a carga parasitária e identificando a preferência alimentar. Os dados relacionados a transmissão da LV foram coletados por meio de levantamento de dados secundários. A captura dos flebotomíneos foi realizada de 2013 a 2014, em pontos distribuídos nas 6 Secretarias Executivas Regionais (SER) do município de Fortaleza, Ceará. Armadilhas do tipo CDC foram usadas em cada ponto de coleta no peridomicilio e próximo a abrigos de animais domésticos. Os flebotomíneos coletados foram identificados morfologicamente e somente as fêmeas de L. migonei foram usadas para análise por qPCR. Após a identificação morfológica, primers direcionados para os genes cacofonia (CAC), periódico (PER) e adenosina trifosfatase vacuolar (V-ATP) foram utilizados para a identificação molecular de Lutzomyia spp., L. migonei e L. longipalpis, respectivamente. As fêmeas ingurgitadas foram utilizadas para a determinação da preferência alimentar e as fêmeas não ingurgitadas para identificação e quantificação da carga parasitária de Leishmania spp. Para a amplificação do DNA de Leishmania spp., L. infantum e Leishmania braziliensis foram usados primers direcionados para os genes que codificam o kDNA (DNA do cinetoplasto), IPPP (inositol polifosfato 1- fosfatase) e RNAse III (ribonuclease III), respectivamente. Para a determinação da fonte de repasto sanguíneo, pela primeira vez foi utilizada uma estratégia baseada na amplificação de DNA mitocondrial por qPCR sem a necessidade de técnicas complementares. Primers foram desenhados para cinco espécies de animais: Gallus gallus, Canis lupus familiaris, Felis catus, Rattus novergicus e Homo sapiens. A infecção natural de L. migonei, aliada à significativa carga parasitária obtida em fêmeas não</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ingurgitadas e à sua predominância na área de estudo, sugere a participação desta espécie no ciclo zoonótico da LV. Além disso, a alta taxa de infecção de L. braziliensis em L. migonei, e o grau de antropofilia observado nesta espécie sugerem a expansão e urbanização da Leishmaniose Tegumentar (LT) em Fortaleza, fato observado pela primeira vez no município.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Lutzomyia migonei. Leishmania infantum. Leishmania braziliensis. Leishmaniose Visceral. Leishmaniose Tegumentar.</span></font></div>