Crítica da violência e do poder em Walter Benjamin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Costa, Paulo Cesar Arantes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=67728
Resumo: A discussão sobre a governabilidade da Alemanha de entre guerras, e a observação de sua crescente instabilidade, já sinalizando uma nova barbárie, leva a reflexão de Walter Benjamin sobre aquele espaço político a deduzir a vulnerabilidade da Constituição da República de Weimar, que acabou ferida com o estado de exceção nazista. O ensaio Crítica da Violência Crítica do Poder, (Zur Kritik der Gewalt) que visa à crítica ao ordenamento jurídico de uma organização estatal, confirma nesse sistema a sua derivação do poder mítico quando o “ato legal” não consegue mais dizer a justiça. Assim Benjamin analisa as discrepâncias do direito natural e do direito positivo, utilizando-se para isso da filosofia de sua história. Na investigação do absolutismo seiscentista enfocado pela estética barroca aparece um fragmento significativo que serve de fundamento para a reconceituação da teoria da soberania. Na ótica da dramaturgia barroca (Trauerspiel) a arte de governar rompe com a prescrição do Direito Constitucional, desafiando, dessa forma, o sistema jurídico do principado barroco, para inaugurar o exercício de outra ação política que leve em consideração as leis da alteridade. Essas leis são cumpridas, através da mobilização de afetos na alma. Apoiadas em uma ética pseudo-estóica, elas conseguem recuperar o equilíbrio político e a estabilização da história, uma vez que esse estoicismo se acha pincelado, no barroco, de laivos do cristianismo, que constroem a motivação de uma identidade entre súdito e príncipe. Palavras-Chave: Critica da Violência. Sistema Jurídico. Poder. Justiça. Revolução.