Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Vergara-Parente, Jociery Einhardt |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=23938
|
Resumo: |
<span style="font-style: normal;">O peixe-boi marinho (</span><em>Trichechus manatus manatus</em>), distribuído descontinuamente na região Norte e Nordeste, é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção do Brasil. Uma das principais causas de mortalidade de peixes-bois marinhos cativos são as infecções de origem bacteriana. Devido ao status do peixe-boi marinho e por, até o presente momento, não ter sido realizado um estudo da flora bacteriana e fúngica presente em seu sistema respiratório superior, este estudo teve os seguintes objetivos: 1) caracterizar a flora bacteriana e fúngica do trato respiratório superior de peixes-bois marinhos cativos no Brasil, através da qualificação e identificação da espécies bacterianas; 2) identificar as bactérias e fungos encontradas na água dos cativeiros e 3) identificar as possíveis causas <em>mortis</em> de origem infecciosa, dos animais que morreram durante o período do estudo. Para tanto, foram colhidas amostras de secreção nasal, de peixes-bois marinhos, cativos nas Unidades do Projeto Peixe-Boi de Pernambuco e da Paraíba. No Centro Especializado em Micologia Médica, da Universidade Federal do Ceará, o material clínico foi semeado em meios de cultura próprios para o crescimento bacteriano, visando o isolamento e a identificação. A flora presente nos animais estudados foi do tipo mista, predominante de bactérias Gram-negativas, em especial: <em>Escherichia coli, Enterobacter sakasakii</em>, <em>Providencia rettgeri, Stenotrophomonas maltophilia </em>etc. Em relação aos microorganismos da água, observou-se que nos oceanários fechados a quantidade bacteriana foi mais alta, prevalecendo os membros da família <em>Enterobacteriaceae</em> como por exemplo: <em>Escherichia coli, Citrobacter amaloniticus, Enterobacter sakasakii</em> etc. No cativeiro do estuário, o grupo bacteriano que se destacou foram os bacilos Gram-negativos não fermentadores de glicose (<em>Acinetobacter baumanni</em> e <em>Moraxella</em> sp.), sugerindo que o ambiente que permite a livre circulação da água é mais adequada para a manutenção dos peixes-bois do que os oceanários fechados. Os fungos, por sua vez, não foram encontrados nem na água nem nos animais. Ademais, um filhote veio a óbito sem apresentar sintomas de enfermidades. Na necropsia fragmentos de tecidos foram coletados para análise bacteriológica e histopatológicos, concluindo-se que a causa <em>mortis </em>deste filhote de <em>Trichechus manatus manatus</em> foi um quadro agudo de salmonelose, causado por <em>Salmonella </em>Panama. Com este estudo evidenciou-se a importância da qualidade de água para o bem-estar e saúde dos animais cativos. |