Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
COSTA, KELLEN MICHELINE ALVES HENRIQUE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94388
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Resumo: |
<font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O transplante renal em pacientes hipersensibilizados é um desafio em todo o mundo. Esses pacientes apresentam anticorpos pré-formados contra a maioria dos antígenos leucocitários humanos (HLA) presentes em sua população de doadores, tornando-se difícil transplantá-los, devido à prova cruzada positiva. A sensibilização contra antígenos HLA ocorre após gravidez, transfusões e transplantes prévios. No Brasil, estima-se que 13-15% dos pacientes em fila de espera para transplante renal são hipersensibilizados e tem painel reativo de anticorpos calculado (cPRA) maior ou igual a 80%.No Rio Grande do Norte (RN), 29% dos pacientes esperando por um transplante renal são hipersensibilizados e permanecem por um tempo prolongado em fila de espera para transplante. Eles apresentam alta taxa de mortalidade em diálise, portanto, programas específicos de priorização são necessários para transplantar esse grupo especial de pacientes. O presente estudo objetiva encontrar direções para aumentar o número de transplantes nesses pacientes no estado do RN. Foi realizado um estudo transversal, descritivo, com coorte retrospectiva, no período de 2017 a 2019, no qual foram realizadas 1554 provas cruzadas virtuais epitópicas (PCVE) entre 60 pacientes hipersensibilizados e 68 doadores falecidos. Para análise das PCVE utilizou-se o programa EpVix cujo objetivo era encontrar um doador, com incompatibilidade HLA aceitável e que o transplante pudesse ter sido indicado. A maioria era do sexo feminino (76,7%), raça parda (55%), tinha idade entre 35 e 64 anos (75%) e apresentavam glomerulonefrite crônica como causa principal da doença renal. Os pacientes permaneceram, em média, 97 meses em diálise e 34 meses em lista de espera sem transplantar. O cPRA Classe I e II acima de 95% foi verificado em 55% e 41% dos pacientes respectivamente. Foram realizadas 1554 PCVE entre o par receptor e doador, dessas 1243 (80%) foram positivas e, portanto, contraindicavam a realização do transplante e 311 foram negativas. Dessas 311 PVCE negativas, 22 provas cruzadas CDC (citotoxidade dependente de complemento) foram realizadas, sendo 10 provas CDC (76%) negativas. Das 1243 PVCE positivas, 51(81%) eram CDC positivas, mostrando correlação entre CDC e PVCE com significância estatística (p<0,001). Dos 60 receptores, 8 (13,3%) e 19 (31,7%) tinham prova cruzada ideal e com alta probabilidade, para indicação do transplante, respectivamente, totalizando 45% dos pacientes, porém o transplante não foi realizado, devido à política de alocação atual no RN não priorizar esses pacientes. Sendo assim, para aumentar o número de transplantes em pacientes hipersensibilizados no RN é necessário um modelo de alocação, no qual eles sejam priorizados, para que tenham acesso ao transplante e não permaneçam em lista de espera, por vários anos, sem transplantar.</span></font><div><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Transplante renal. Epítopos HLA. Crossmatch virtual. Painel reativo de anticorpos. Pacientes hipersensibilizados.</span></font></div> |