Gênio e criação artística de Si em Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, David Rogério Costa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109835
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta dissertação se propõe a tratar das noções de gênio e de criação artística de si em Nietzsche, temas que serão articulados no terceiro capítulo. Essa problemática será levantada em nosso trabalho a partir do eixo temático da justificação estética da existência. No primeiro capítulo, trabalharemos a noção de justificação estética da existência a partir de uma abordagem metafísica, encontrada nas obras do primeiro período do pensamento de Nietzsche. Nela, apresentaremos a figura do gênio sob a dupla faceta artista-filósofo, criador e legislador. Nesse momento, buscaremos demonstrar como é somente com a atividade transfigurada do gênio que a existência pode aparecer ao homem completamente justificada, com isso o gênio assume um lugar privilegiado como o salvador dos homens. No segundo capítulo, abordaremos o período intermediário do pensamento do nosso autor, concentrando-nos, principalmente, na obra Humano, demasiado, humano. Nesse momento da obra nietzscheana, a própria dimensão estética é rebaixada de seu papel de justificadora da existência, a obra de arte e o gênio sofrerão um processo de desmistificação. A partir de uma investigação naturalista, Nietzsche aponta para a origem demasiado humana do culto ao gênio e à obra de arte. Será abordada também a relação entre ciência e arte e como a figura do gênio aparece em desvantagem em relação à do espírito livre, mais apta a desenvolver o método científico. No terceiro capítulo, procuraremos demonstrar como a dimensão estética é reabilitada por Nietzsche, não mais no âmbito da obra de arte, mas da arte de criar a si mesmo, reabilitando com ela a figura do gênio, que reaparece de maneira ampliada, tomando para si, novamente, as características do criador e do pensador-legislador, e, nesse sentindo estabeleceremos a relação entre as figuras do gênio e do super-homem. Procuraremos pensar a arte de criar a si, contemplando o cultivo de si, a autodisciplina em face aos impulsos, a dietética e o dar estilo ao caráter como a arte de tornar-se o que é. Para, por fim, buscarmos pensar uma estética da existência a partir da filosofia de Nietzsche.</span></font>