Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Rabelo, Maria Zuleide da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71461
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Resumo: |
O cuidado neonatal do bebê nascido de muito baixo peso avançou muito nas ultimas décadas, pois a maioria dos neonatos que ingressam nos serviços de neonatologia alcança a condição de alta hospitalar. À frente dessa realidade os pais veem-se diante da situação inesperada no momento de levar para casa uma criança que vai requerer cuidados especiais. Esse estudo investiga essas as circunstâncias da alta, com o objetivo de compreender como os pais de bebês nascidos de muito baixo sentem-se em relação aos cuidados que eles deverão dispensar ao bebê após a alta. Para tanto, realizou-se um estudo na linha qualitativa, com abordagem fenomenológica, considerada a mais adequada para compreender esse objeto de estudo. Foram observadas e analisadas as orientações dadas pelos profissionais aos pais sobre tais cuidados e efetuadas entrevistas com vinte mães de bebês que estiveram internados na unidade neonatal, nos dias que imediatamente antecediam a alta, em um hospital público terciário da cidade de Fortaleza, Ceará. Da análise das entrevistas, foram obtidas 101 unidades de significado, ou seja, conceitos abstraídos pela pesquisadora dos conteúdos das entrevistas. Após as reduções fenomenológicas, chegou-se a três proposições que condensam os pensamentos das mães: Cuidar do bebê prematuro com apoio da equipe Crítica ao desempenho da equipe Insegurança em cuidar do bebê prematuro. Constatou-se que as mães no momento da alta hospitalar mostraram-se felizes, preenchidas por um sentimento de vitória alcançada, de confiança e de satisfação de poderem cuidar elas mesmas de seus filhos, sem a intermediação da equipe. Entretanto, notou-se que elas também expressaram medo do futuro, devido a fragilidade que atribuíam ao bebê, bem como insegurança e despreparo em relação ao cuidado pós-alta, apontando, para lacunas deixadas por orientações insuficientes fornecidas pelos profissionais que, para elas, algumas vezes, tornaram o cuidado mecanizado e automático, esquecendo a singularidade de cada criança e uma assistência humanizada que incluísse a família. Esse estudo pôde vislumbrar a urgência de uma abordagem mais humanística, centrada no cuidado individualizado, que contemple a capacidade de apreensão e as necessidades de cada família. Incluir os pais nos cuidados prestados desde o início na unidade neonatal pode ser o primeiro passo para favorecer a preparação para o cuidado no domicilio, de tal modo que a assistência nas unidades neonatais envolva as famílias tendo em vista o desenvolvimento integral dessa criança. Palavras-chave: Muito baixo peso, Alta hospitalar, Fenomenologia. |