PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE POR BACTÉRIA ISOLADA DO EFLUENTE DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA VISANDO A BIORREMEDIAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ABREU, KATIANY DO VALE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97865
Resumo: Biossurfactantes são compostos que possuem aplicações potenciais em muitas áreas,<br/>pois são considerados não tóxicos e biodegradáveis, além de exibirem ótimas<br/>propriedades de superfície, como abaixamento de tensão superficial (TS) e interfacial<br/>(TI) entre duas fases (óleo-água) e excelente capacidade de emulsificação.<br/>Biossurfactantes têm composição variada, que depende do tipo de microrganismo, e<br/>são produzidos na forma de uma mistura de homólogos, responsável por suas<br/>propriedades. Cepas de Bacillus sp. são conhecidas por geralmente produzirem<br/>biossurfactantes do tipo lipopeptídeo, sendo o exemplo mais importante desta classe<br/>a surfactina, um lipopeptídeo produzido por Bacillus subtillis. Este trabalho teve por<br/>objetivo o estudo da produção e a caracterização de biossurfactantes produzidos por<br/>cepas de Bacillus sp. utilizando os processos de fermentação submersa (FS).<br/>Inicialmente, para seleção das cepas, foram realizados testes de espalhamento da<br/>gota e cultivos para verificação do abaixamento da tensão superficial do meio de<br/>cultura em FS. Como não se conhecia a composição do biossurfactante, o<br/>acompanhamento das fermentações foi feito inicialmente por diluição micelar crítica<br/>(DMC), ou seja, o número de diluições necessárias para se alcançar a concentração<br/>micelar crítica (CMC). Nestes ensaios, o melhor resultado foi obtido com a bactéria<br/>LUBP1, utilizando glicose como fonte de carbono, sendo que em 20 h de fermentação<br/>houve redução da tensão superficial do meio de cultura para 28 mN/m. O<br/>biossurfactante contido no sobrenadante de cultura foi capaz de emulsificar a óleo de<br/>soja, querosene e n-hexadecano com elevada estabilidade. Foi avaliada ainda o<br/>potencial de biorremediação do biossurfacte através do ensaio de lavagem de solo<br/>contaminado com óleo e a remoção de íons Cd2+ e Pb2+ em efluente sintético.<br/>Observando uma capacidade de remediar solos contaminados com óleo de motor<br/>apresentando eficiência de remoção por acima de 80% na temperatura de 60ºC na<br/>sua CMC. Os ensaios em batelada de biossorção indicaram que o biossurfactante<br/>bruto apresentou o melhor desempenho na remoção do íon Pb2+. As análises<br/>estruturais, realizadas por FTIR, HPLC e Espectroscopia de massas, demonstraram<br/>que o biossurfactante produzido é um lipopeptídeo correspondente à Surfactina. A<br/>CMC do biossurfactante produzido foi de 0,015 g·L-1, mostrando sua eficácia, visto<br/>que, quanto menor é o valor de CMC, maior a eficiência do biossurfactante.<br/>Palavras chave: Biossurfactante. Surfactina. Biorremadiação. Bacillus sp.