LESÃO PULMONAR GERADA PELA EXPOSIÇÃO A POLUENTES DA COMBUSTÃO DE BIOMASSA EM AMBIENTES INTERNOS: MODELO MURINO

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: SOUSA, ALLISON MATIAS DE
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Ciências fisiológicas
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97519

Alguns resíduos vegetais de biomassa contribuem como uma fonte de energia para o uso <br/>doméstico, como é o caso da casca do coco verde. Uma dessas formas de aproveitamento é <br/>através da fabricação de pellet. O pellet é considerado um carvão de alta qualidade e <br/>ecologicamente correto que pode ser utilizado em todo ambiente que utilize carvão como <br/>fonte de energia.&nbsp; No entanto, existem estudos na literatura que correlacionam a exposição a <br/>combustão de biomassa a doenças cardiovasculares e respiratórias, principalmente nos grupos <br/>considerados de risco, dentre eles os asmáticos. Com isso, terapias alternativas vem sendo <br/>estudadas para a sintomatologia dessas afecções, principalmente através de produtos naturais, <br/>dentre eles podemos citar o óleo do pequi (Caryocar coriaceum). Esse óleo é utilizado na <br/>medicina popular como anti-inflamatório no tratamento de gripes, bronquites e infecções <br/>bronco-pulmonares. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da combustão de pellets da <br/>casca do coco verde no sistema respiratório de camundongos sadios e asmáticos, bem como, <br/>analisar os efeitos do óleo do pequi como recurso terapêutico dessas afecções. Camundongos <br/>BALB/C (20-25 g) foram manipulados de acordo com os princípios éticos estabelecidos <br/>(CEUA/UECE N° 3529286-2018) e divididos em sete grupos. Esses foram submetidos ao <br/>protocolo positivo ou negativo de asma induzida pelo modelo de OVA, e foram expostos por <br/>oito semanas a fumaça da combustão de pellets da casca do coco verde ou ao ar ambiente. O <br/>tratamento com o óleo do pequi foi realizado via gavagem (50 µL) todos os dias antes da <br/>primeira exposição.&nbsp; Após 24 horas da ultima exposição, os camundongos foram anestesiados, <br/>curarizados e traqueostomizados para mensuração da mecânica pulmonar (Resistência de Vias <br/>Aéreas - RN, Resistência Tecidual - G, Elastância - H, Complacência Estática - CST, <br/>Capacidade Inspiratória - CI e área da curva pressão-volume – Curva PV) em um ventilador <br/>mecânico para pequenos animais (Flex Vent). Em seguida, o tecido pulmonar foi retirado para <br/>a análise in vitro da micromecânica do tecido pulmonar. Os resultados foram analisados por <br/>ANOVA e teste de Bonferroni (n=5-8; p&lt;0.05) e expressos como média ± D.P. Os resultados <br/>demonstraram mudanças significativas em todos os valores analisados dos grupos SFT <br/>comparado ao grupo SAT demonstrando que a exposição a fumaça causou lesão no sistema <br/>respiratório dos camundongos analisados. Nos valores do grupo SAT com o SFP, o óleo do <br/>pequi foi capaz deprevenir a lesão causada pela exposição a fumaça de pellets de coco verde. <br/>Concluiu-se com esse estudo que a fumaça da combustão de pellets do coco verde causou <br/>lesão no sistema respiratório de camundongos e o óleo do pequi foi capaz de prevenir os <br/>efeitos que essa combustão causou no sistema respiratório desses animais. <br/>Palavras-chave: Biomassa. Pellets. Combustão. Caryocar coriaceum. Sistema Respiratório. <br/>