Lima Barreto e seu ingresso no jogo literário: uma análise das lutas simbólicas em torno do romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Fernando Antonio Maciel e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98335
Resumo: O presente trabalho de pesquisa tem como objeto central de análise a compreensão das lutas simbólicas que gravitam em torno do romance Recordações do escrivão Isaias Caminha (1909) de Lima Barreto. O ponto de partida da pesquisa se fundamenta na ideia de que com o lançamento de seu primeiro romance (tal acontecimento) o credenciou para entrada do jogo literário. Lutas simbólicas e jogo literário são termos tomados por empréstimo da sociologia das obras de Pierre Bourdieu a partir de seu trabalho As Regras da Arte: gênsese e estutura do campo literário (1996) Tais conceitos expressam a gênese do campo literário e suas regras de funcionamento. O romance Recordações do escrivão Isaias Caminha é uma narrativa autobiográfica que trata fundamentalmente da história de um jovem estudante negro, pobre, Isaias Caminha que viaja para cidade do Rio de Janeiro com um objetivo e uma ideia fixa torna –se doutor. No entanto, numa sociedade pós – abolição, de racismo cientifico marcada por profundas desigualdades e hierarquias sociais ascender socialmente ao status de doutor, (reconhecimento intelectual) sendo negro é uma condição a posteriori é o que constata o próprio personagem – narrador. Desse modo, para a realização desta pesquisa, privilegiamos a investigação que coloca como centralidade a Literatura de Lima Barreto, sua entrada no jogo literário, perpassando as instâncias possíveis que permitissem o processo de legitimação da sua produção literária, ou seja, os espaços sociais como a escola, (sonho de ser doutor), a imprensa (revistas, jornais, editores, entrada no campo) e a crítica literária.