Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Natalia Vasconcelos De |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103734
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Resumo: |
Desde 2007, a infecção pelo ZIKV vem se mostrando um emergente problema de saúde pública mundial com surtos epidemiológicos em países como Brasil. A infecção é associada a severas complicações neurológicas com aumento na incidência de casos de microcefalia e síndrome de Guillain- Barré. A rápida dispersão da doença no mundo deve-se ao seu vetor, mosquito do gênero Aedes, indicando a importância de desenvolver ferramentas eficientes para controlar propagação do vírus e dos vetores. Até o presente momento não existe medicamento antiviral nem tratamento específico para infecção por ZIKV. Portanto, os produtos naturais, em especial as plantas, são fontes de compostos bioativos e se mostram bastante promissores, dentre as diversas atividades terapêuticas do óleo essencial de Eucalyptus staigeriana, popularmente conhecido como eucalipto, é possível citar a atividade anti-inflamatória, antibacteriana e antiviral relatadas na literatura. Nesse contexto, o presente estudo objetivou avaliar in sílico e in vitro a atividade antiviral do eucalyptol (1,8 Cineol), do + Limoneno e in vitro do óleo essencial de Eucalyptus staigeriana contra o ZIKV bem como avaliar a atividade larvicida destas substâncias contra as larvas do Aedes aegypti e Aedes albopicus. Foram avaliadas a citotoxicidade das três substâncias teste em células VERO utilizando a metodologia de MTT. As concentrações não tóxicas foram testadas para atividade antiviral realizando o pré-tratamento, pós-tratamento e atividade virucida em relação ao vírus Zika. A atividade larvicida das substâncias foi avaliada frente as larvas em 3º estágio dos mosquitos A. aegypti e A. albopictus. Nesta pesquisa, foi realizado o docking molecular do + Limoneno com as proteínas não estruturais NS1, NS2B- NS3 e NS5, e do 1,8 cineol com as proteínas virais do envelope e a NS5. Quando avaliado in vitro as substâncias teste não demonstraram citotoxicidade frente as células VERO. Na avaliação da atividade antiviral contra o vírus Zika, o eucalyptol (1,8 Cineol), o + Limoneno e o óleo essencial de E. Staigeriana não demonstraram atividade virucida. Em adição, o + Limoneno apresentou atividade larvicida com uma CL50 de 161 µg/mL. A análise das simulações in sílico do ligante (+)-Limonene com as proteínas do Zika vírus demonstraram melhor resultado em relação ao complexo NS2B-NS3/(+)-Limonene e do 1,8 cineol com a proteína NS5. Contudo, quando avaliado a atividade antiviral in vitro do óleo essencial de E. staigeriana e dos monoterpenos, não foi encontrado atividade antiviral nas concentrações testadas. Alguns fatores podem estar associados aos resultados encontrados como, a interação com a célula hospedeira e com o meio utilizado para cultivo celular. Quando avaliado a atividade larvicida o + Limoneno apresentou atividade frente as larvas de A. aegypti, se apresentou como um potencial larvicida contra o vetor de inúmeras arboviroses. Estudos complementares são necessários para elucidação da melhor concentração uso e desenvolvimento de um produto comercial. Palavras-chave: Atividade larvicida. Atividade antiviral. Eucalyptus Staigeriana. Vírus Zika. + Limoneno. 1,8 cineol.  |