Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Martins, Laércia Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84971
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Resumo: |
: Existem muitos índices prognósticos para avaliação da gravidade do paciente intensivo e a sua probabilidade de morte dentro da terapia intensiva. Pouco se estuda sobre a mortalidade do paciente no pós-alta da UTI. Em função disso foi desenvolvido um índice prognóstico para avaliar a sobrevida do doente fora do ambiente da terapia intensiva chamado SOFA índex. Esse estudo objetivou analisar os fatores determinantes de mortalidade de pacientes egressos da UTI com escore SOFA index favorável. MATERIAS E MÉTODO: Estudo do tipo exploratório, descritivo, prospectivo, longitudinal com abordagem quantitativa. Foi realizado em hospital privado conveniado com o SUS e a população foi constituída de todos os pacientes egressos da UTI com SOFA índex favorável, mas que foram a óbito nas unidades de internação clínica. A coleta de dados foi documental, em que os dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos foram colhidos para o cálculo do SOFA admissional, SOFA saída e APACHE II e observacional em que a pesquisadora imergiu nas unidades clínicas que recebiam os pacientes procedentes da UTI para avaliação dos processos de trabalho dos profissionais de saúde e das condições físicas e logísticas destas. A coleta de dados ocorreu no período de abril/2011 a março/2012. Foram realizadas análises estatísticas descritivas simples para compor a caracterização dos pacientes estudados e análise regressiva multivariada para identificar os fatores de risco para mortalidade do paciente com SOFAi favorável. RESULTADOS: Durante o período de coleta de dados, deram entrada na UTI 207 pacientes, destes, 76 morreram na UTI; 11 eram considerados inviáveis pelo SOFAi. Dos pacientes restantes, 120 foram considerados viáveis pelo SOFAi e destes 43 foram a óbito nas unidades de internação, portanto, a amostra do estudo. A caracterização dos pacientes estudados foi de idoso (61,63±17,7anos), sexo feminino (53,5%), média APACHE II 18,77, média tempo de permanência 7,86±8 dias, SOFA índex 10,65±8,1 e apresentando em média 1,14±1,3 disfunções orgânicas, principalmente a respiratória (46,9%), cardiovascular (26,5%) e metabólica (16,4%). Os motivos de internação na UTI foram principalmente sepse, sepse grave e choque (60,5%), pneumonia (53,5%) e IRsA (46,5%). As comorbidades mais presentes foram HAS (59,4%), diabetes mellitus (40,6%) e neoplasias (25%). Foram identificadas três principais causa mortis dos pacientes: 8 parada cardiorrespiratória, neoplasia cabeça/pescoço e sepse, sepse grave e choque séptico. A análise multivariada de todas as variáveis estudadas identificou como fatores associados à mortalidade dos pacientes egressos da UTI com SOFAi favorável: AVE (p.=0,015), sepse (p.=0,022) e intoxicação exógena (p.=0,021). Na avaliação dos processos de trabalho das unidades clínicas também foram encontradas condições desfavoráveis ao cuidado adequado ao paciente egresso da UTI, ausência do Processo Enfermagem e dimensionamento de pessoal de enfermagem muito aquém do ideal. CONCLUSÃO: Embora o estudo tenha identificado fatores de risco para a mortalidade do paciente, observou-se que os pacientes egressos da UTI possuem condições intrínsecas e extrínsecas que os deixam vulneráveis à morte. Contudo, se a assistência prestada fosse adequada, com processos de trabalho bem definidos, equipamentos necessários, pessoal treinado e capacitado para lidar com esse tipo de paciente, talvez pudesse impactar na sua mortalidade. <div>Palavras-chave: Índice de Gravidade de Doença. Mortalidade. Alta do Paciente. Terapia Intensiva.</div> |