O corpo adoecido em seu seio: subjetividade e câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Dall'Olio, Adriana Maria Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=40958
Resumo: O presente trabalho tem como escopo investigar as implicações subjetivas do câncer de mama e da mastectomia a partir do estudo de um caso clínico realizado em uma instituição hospitalar. Objetiva-se aprender, com o discurso da participante desse estudo, sobre a vivência de se ter câncer de mama. Aborda-se os aspectos biomédicos dessa patologia para se entender sua complexidade fisiológica, bem como sua etiologia, possibilidades terapêuticas e preventivas, considerando, também, os fatores de risco na atualidade que, consequentemente, favorecem o crescimento dos índices epidemiológicos. Analisa-se como o corpo é constituído no campo da subjetividade, bem como em sua organização psicossomática. Aborda-se a visão do copro para a Psicanálise, considerando o corpo erógeno e pulsional que se constitui na alteridade. Nesse sentido, abre-se espaço para reflexões a cerca do corpo mastectomizado, apresentando uma visão a respeito do câncer de mama e as formas de adoecer a partir de uma pesquisa de cunho clínico-qualitativo realizada no Hospital Geral de Fortaleza, no período de dezembro de 2005 a julho de 2006. Utilizam-se as perspectivas psicanalíticas da psicossomática, por oferecerem a possibilidade de uma escuta diferenciada no tocante ao soma adoecido, procurando apreender&nbsp; o paciente numa interação com a sua doença. Ressaltam-se as implicações da doença na família, considerando tanto a herança genética como histórica do sujeito. Observamos o aparecimento do câncer de mama como marca identitária na família da entrevistada, emergindo como um "brasão" familiar. O caso clínico descrito neste trabalho faz a sua autora pensar sobre um corpo mutilado, amputado em seu seio, mas que adquire sentidos subjetivos. Quando se considera a subjetividade no processo do adoecimento, verifica-se que os conceitos sobre saúde e doença não podem ser havidos de forma linear, normatizados, mas no campo subjetivo, pois cada sujeito se serve de sua lesão e resiste a ela de uma maneira muito peculiar. Destaca-se, por fim, o caráter interdisciplinar desta pesquisa e seus possíveis benefícios às outras áreas da saúde. Palavras-chave: interdisciplinaridade, medicina, psicanálise, câncer de mama, corpo.<br/>