Análise dialógica dos signos ideológicos verbo-visuais em poesias da obra “n. D. A.”, de Arnaldo Antunes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Amaral, Marcos Roberto dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=105042
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Objetivamos analisar em poesias de “n. d. a.”, de Arnaldo Antunes (2010), como são redimensionadas relações hierárquicas, como as posições de dominância entre narrador e personagem, letra e imagem, poesia e prosa, erudição e coloquialismo. Para tanto, questionamos como as relações de autoria se apropriam de signos alheios a sua esfera, desconstruindo redes de sentidos que acentuam negativamente as particularidades constitutivas do signo ordinário. Defendemos que efeitos de sentido dessa obra são estabelecidos segundo uma tessitura textual em que signos ideológicos transitam subversivamente de diferentes esferas para a poesia, ressignificando suas axiologias. Tal tessitura é analisada por conceitos da Análise Dialógica do Discurso: diálogo; esfera discursiva; ideologia; prosa; poesia; dimensão verbo-visual do enunciado; signo ideológico; tema; significação; índice de valor; horizonte social. Fundamentamo-nos, pois, em Bakhtin (2015; 2014; 2011; 2010; 2008), Bakhtin/Volochínov (2014) e autores que discutem a obra círculo-bakhtiniana: Brait (2014; 2013), Fiorin (2014), Gonçalves e Alves (2016), Grillo (2014), Marchezan (2014), Miotello (2014), Silva, (2013), Sobral (2014; 2008) e Tezza (2014; 2003). Operacionalizamos nossa análise aplicando as categorias bivocalidade e dialogismo interno, que, neste caso, organizam relações de sentido relacionadas a usos do signo, em sua constitutividade situada historicamente. Metodologicamente, discutimos como esse discurso antuniano está sensível às vicissitudes da organização social contraditória, destacando de que maneira ele se organiza por reisncrições sígnicas verbo-visuais. Consideramos a organização da forma composicional dessas poesias que se apropria de signos da cidade reconhecendo-lhe, positivamente, as particularidades da interação discursiva cotidiana, para, então, nos concentrarmos na posição autoral que delineia a relação autor-herói-destinatário como um acordo de confiança – a autoridade poética –, por fim, discutindo a constituição da forma poética, da cultura do cotidiano e do engendramento de posições axiológicas e de relações de abuso de poder. A partir desse estudo, percebeu-se que a bivovalidade e o dialogismo interno da poesia de “n. d. a.” orquestram diversidades contraditórias, que desafiam conservadores limites dos objetos e funções poéticas e ético-políticas, rearticulando formas materiais e simbólicas que indiciam modos de agir a favor do diálogo criativo de vozes cotidianas marginais.</span></font>