Estudo do efeito renal da uroguanilina, bradicinina e angiotensina II no transporte iônico em túbulos renais de ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Isabel Cristina De Mendonca Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=100439
Resumo: O balanço hídrico-eletrólitico é realizado pelo organismo principalmente pelos rins. É através do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona que a homeostase salina é alcançada. Entretanto é conhecido os efeitos deletérios da Ang II a nível renal, podendo até desencadear hipertensão caso seja infundida por um tempo regular. As cininas (Bradicinina) atuam no controle negativo desse sistema, sendo liberada para auxiliar o perfeito equilíbrio salino e diurético. Outro hormônio igualmente responsável por auxiliar esse equilíbrio é a Uroguanilina, ela atuará no eixo gastro-renal afim de otimizar a concentração de sódio/ potássio corporal. Esse trabalho tem como objetivo então, estudar os mecanismos de hemodinâmica renal da interação entre Uroguanilina, Bradicinina e seu bloqueador, ODQ, e Angiotensina II e seus bloqueadores: PD 123,391 (AT 2), Candesartan (AT1). Os experimentos foram realizados com animais Wistar, machos, pesando entre 250-310g, obtidos do biotério da Estadual do Ceará -UECE. Os experimentos foram feitos no sistema de perfusão renal que nos possibilita, em tempo real, observar as variações hemodinâmicas a partir dos parâmetros de pressão de perfusão, fluxo urinário e coleta de perfusato. Com esses dados brutos, podemos calcular diversas variáveis afim de quantificar a taxa de excreção de sódio, potássio, osmolaridade e resistência vascular periférica.. Os grupos analisados foram a) o controle; b) UGN + BK; c) BK + ODQ; d) ANG II; e) ANG II + PD 123,391; f) ANG II + Candesartan; g) UGN + ANG II, cada um com n= 4 animais. Todos os aspectos éticos foram respeitados e os resultados apresentados tem significância de P<0,05. Observamos que a Bradicinina foi significativamente hipotensiva quando comparado ao grupo controle e ao tempo 0min, também se mostrou antinatriurética, e quando colocamos seu bloqueador esse feito foi revertido. Com relação ao grupo onde foi infundido a ANG II, essa substância foi capaz de aumentar significativamente a pressão de perfusão e fluxo urinário, e quando foi infundido seus bloqueadores não houve diferença estatística quanto a atuação primária de AT1 ou de AT2. A ANG II por sua vez não se mostrou caliurética, porém quando infundido seus bloqueadores essa resposta foi revertida. Por não ser observado uma predominância entre os receptores de AT1 e de AT2 diante das substâncias infudidas, supomos que deve haver uma terceira substância que atua no balanço urinário e salino, contraponto os efeitos hipertensivos lesivos do sistema Renina-AngiotensinaAldosterona. Esse composto, produto da degradação da ANG II, poderia corresponder a Ang (1-7) mas, ainda precisamos de mais estudos sobre o assunto.