Efeito indireto dos aerossóis: observações em nuvens amazônicas em atmosfera poluída e na transição para limpa segundo os dados dos programas LBA/SMOCC/ENFIM! e AERONET/NASA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rodrigues, Ednardo Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71297
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Na Amazônia brasileira, sazonalmente ocorrem queimadas. A poluição gerada causa&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">modificações no tempo meteorológico e no clima amazônico. Estudos têm mostrado&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">que a emissão de material particulado altera o balanço radiativo via efeito direto (espalhamento&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">e reflexão da radiação solar) e indireto dos aerossóis (aumento da concentração&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">de gotículas e do conteúdo de água líquida, que aumentam o albedo). Neste&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">trabalho, foi examinado o efeito indireto dos aerossóis em nuvens amazônicas do mês&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">de setembro (caracterizado por regime pluviométrico seco) ao mês de outubro (início&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">da estação chuvosa) de 2002. A queima de biomassa para atividades agrícolas é&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">mais intensa na estação seca do que na estação chuvosa, promovendo uma atmosfera&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">mais poluída que no período seco. Através de sensoriamento remoto, foram obtidas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">informações sobre o número de focos de queimadas e profundidade óptica de aerossóis.&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">De medições in situ em nuvens foram levantados dados de temperatura, pressão&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">atmosférica, concentração de hidrometeoros líquidos e conteúdo de água líquida. A&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">microfísica das nuvens permite compreender como os aerossóis são importantes para&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">a formação. Estudos anteriores caracterizaram as constantes da equação de ajuste&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">que fornece o número de núcleos de condensação ativados em nuvem amazônicas,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">em dois regimes de poluição - altamente poluído e de transição para limpo. Este</span></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">trabalho complementa a caracterização dos dois regimes citados através dos parâmetros&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">de forma e escala da função gama ajustada a distribuiço de tamanho de gotículas.&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Para tal, tomou-se a atmosfera sobre o Estado de Rondônia, nos arredores da cidade&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">de Ji Paraná, como cenário de estudo nos dois regimes sazonais. Os dados foram&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">obtidos durante os programas experimentais NOAA/CPTEC/INPE, AERONET/NASA&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">e LBA/SMOCC/EMfiN! de 2002. Os mapas elaborados com as informações obtidas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">com o satélite NOAA-12 revelaram que o número de focos de queimadas acumuladas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">para o mês de setembro de 2002 chegou a cem por área de 28km28km, promovendo&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">o ambiente poluído, enquanto que, no mês de outubro de 2002, o número de focos&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">não chegou a cinquenta. O fotômetro solar do programa AERONET instalado&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">na UNIR em Ji Paraná (RO) revelou que a presença de aerossóis na atmosfera proporcionou&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">profundidade óptica média de 1;6 no mês de setembro e 0;7 no mês de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">outubro, para o comprimento de onda mais sensível de 340nm. Das medições com&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">a plataforma ALPA, chegou-se aos parâmetros de forma e de escala iguais a 5;52&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">e 1;60mm respectivamente para o regime poluído e 4;75 e 1;44mm, respectivamente,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">para o regime de transição, através do ajuste de distribuição gama. A concentração&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">de gotículas representativa encontrada para o regime poluído foi de 833cm&#1048576;3, superior&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">a 417cm&#1048576;3 do regime de transição. O conteúdo de água líquida devido a gotículas de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">nuvens poluídas foi de 0;5g:m&#1048576;3, alto para nuvens continentais, mais que o dobro do&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">valor encontrado para o regime de transição de 0;2g:m&#1048576;3. As medidas mostraram que&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">houve um aumento da concentração de gotículas de nuvens e do conteúdo de água&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">líquida devido ao material particulado adicional, ou seja, efeito indireto dos aerossóis.&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavras-chave: Microfísica de Nuvens. Efeito Indireto de Aerossóis. Nuvens Amazônicas.</span></div>