Consumo de produtos lácteos e renda familiar de gestantes e nutrizes usuárias de um hospital público de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Maria do Socorro Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=59758
Resumo: O objetivo do estudo foi interrelacionar o consumo de produtos lácteos e a renda familiar de gestantes e nutrizes atendidas em um hospital público de FortalezaCeará. Para tanto, foi utilizado um questionário de freqüência alimentar (QFA) com reprodutibilidade e validade testados, e um questionário sobre condições socioeconômicas, tendo como dados básicos informações constantes do Questionário de “Condições de vida”, parte integrante da POF 2002/2003, que permitem analisar questões referentes à freqüência de consumo de produtos lácteos, suficiência da renda e da alimentação, escolaridade, história reprodutiva e número de filhos, existência de problemas de infra-estrutura na moradia, existência e nível de satisfação com alguns serviços básicos do domicílio, pagamento de algumas despesas domésticas e rendimentos recebidos. Os resultados evidenciaram que as condições socioeconômicas ainda são bastante precárias, pois mais da metade da população estudada (58%) não recebiam qualquer renda. A renda média mensal do grupo ficou em torno de R$ 1.029,00, mais concentrada entre dois e três salários mínimos. A escolaridade média foi de 8,5 anos. No que se refere à ocupação, 46,8% das mulheres entrevistadas estão vinculadas à empresa privada e apenas 4,8% delas ocupam cargos no serviço público. O estudo demonstrou que, mesmo sendo famílias de baixa renda, essas não consideraram ter piores condições de moradia. Mais da metade da amostra considerou insuficiente a quantidade de alimentos consumidos, contrapondo-se ao consumo de alimentos de acordo com a preferência, em que ocorreu uma avaliação positiva sobre o tipo de alimentos. Apesar das limitações econômicas, essas famílias conseguem uma freqüência de consumo bem diferenciada. Com relação à freqüência de consumo dos laticínios, os resultados revelaram que: no grupo que ingeriu menos que 1 porção por dia, a freqüência de consumo diminuia à medida em que a renda aumentava entre as que consumiam entre 1 ou 2 porções por dia, o consumo aumentava à medida em que a renda aumentava; e as que pertenciam a classe de renda mais elevada tiveram um consumo mais alto. Observou-se que o consumo de 98% das famílias estava fora do padrão recomendado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira. O leite pasteurizado foi o único tipo de leite citado, cujo consumo foi bastante elevado. O queijo coalho foi consumido tanto pelas classes de menor como de maior renda, sendo que a classe de menor renda teve um consumo maior. O consumo de bebidas lácteas e iogurte também se destacaram nas classes de menor e maior renda com consumo elevado. Produtos como requeijão e queijo prato apresentaram consumo muito baixo, o mesmo ocorrendo com coalhada e queijo mussarela. Palavras-chave: Dieta na gestação, Lactação, Produtos Lácteos, Inquéritos Dietéticos.