Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Flavio Teles |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=68952
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Resumo: |
RESUMO0 artesanato no Ceará, atividade de trabalhadores autónomos, veio no decorrer dos anos 90 se configurando dentro dos planos governamentais de modernização do Estado como meio de inclusão de uma mão-de-obra que a indústria, em seu processo de automação, estava incapaz de absorver. Estando o Ceará se consolidando como lugar turístico, seus símbolos regionais foram aproveitados como meio de construir uma identidade capaz de singularizar o Estado cearense no mercado contemporâneo, transformando-o em um produto a ser vendido. Introduzir o artesão na nova proposta de mercado para o Ceará do governo das mudanças significava, para as ações políticas do governo, condicioná-lo a uma aprendizagem comercial, produtiva e estética distante de sua realidade social. A própria velocidade com que o mercado capitalista moderno consome as mercadorias produzidas, exigia um novo ritmo de trabalho e uma organização da produção que alterava a vida cotidiana do artesão. O ambiente de oficina familiar cedia espaço às associações e cooperativas onde a preocupação com o tempo e o objetivo de produzir em grande quantidade lembrava as indústrias modernas. A incompatibilidade do novo mercado com a lógica de produção manual acarretou um desequilíbrio na relação que o artesão tinha com seu trabalho. Seu fazer artesanal deixava de ser espontâneo e passava a significar uma disciplina externa aos seus desejos e à sua intimidade com as obras produzidas. A construção do significado atribuído ao artesanato, que definiu o lugar social dos artesãos encaixados nos planos de modernização do Estado do Ceará, se daria a partir de disputas travadas entre os espaços de resistência constituídos pelos artesãos e as instituições disciplinadoras do Estado. Em meio a essa relação de força o artesão esmerava o fazer artesanal resignificando o lugar de legitimação do artesanato, ao mesmo tempo em que se condicionava a servir ao mercado turístico do Ceará. Esse é o palco de discussão desta pesquisa.Palavras-chave: Identidade. Mercado. Tradição. |