Analise Clinica e Laboratorial de Criancas com Suspeita de Infeccao Comunitaria no Trato Urinario.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Paiva, Altani Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=44964
Resumo: Introduçao: A infecçao do trato urinario (ITU) na criança tem grande importancia como segunda causa de infecçao bacteriana na atençao primaria e pelo risco de produzir lesoes renais: E pouco conhecida a suscetibilidade dos uropatogenos aos antimicrobianos em nosso meio. Objetivo: Avaliar crianças com suspeita de infecçao urinaria comunitaria atendidas no ambulatorio, sob o ponto de vista clinico e laboratorial, identificar os principais uropatogenos isolados, seu perfil de sensibilidade antimicrobiana e detectar eventuais alteraçoes do trato em pacientes menores de 5 anos. Metodos: Estudo prospectivo com crianças usuarias de serviços publicos de saude de Fortaleza, com queixas de ITU e virgens de uso de antibiotico. Exames do sedimento urinario e uroculturas foram realizados no laboratorio de Microbiologia do HIAS, segundo padroes mundialmente estabelecidos. Resultados: Entre março de 2006 a fevereiro de 2007 foram incluidas no estudo 83 crianças entre 2 e 11 anos com queixa de ITU ou febre sem localizaçao. A idade mdia foi de 58,2 meses, com intervalo interquartis de 21-106,3 meses. A coleta da urina fez-se por jato medio em 80,6% dos casos, por saco coletror em 16,2% e por punçao supra publica em 3,2%. A urocultura foi positiva em 37,3% dos casos (31,83), sendo 42,8% em meninas (26 casos) e 22,7% em meninos (5/22). Os germes isolados foram E. coli 21 isolados (67,7%), Klebsiella pneumoniae 4(12,9%), Morganella morganii 3(9,7%) e Proteus mirabillis 2 isolados (6,5%), este ultimo somente em meninos. A resistencia da E. coli ao contrimoxazol foi de 90%, amplicilina 81%, cefalotina 67%, gentamicina 13%, norfloxacina 5%, amicacina e nitrofurantoina 0%. A uretrocistografia miccional (UCM) em menores de 3 anos mostrou 62% de alteraçoes do trato urinario, com predominio de refluxo bilateral grau III e V. Conclusoes: A ITU comunitaria em crianças em Fortaleza mostrou que E. coli e o principal agente isolado particularmente em meninas, e com elevada resistencia antimicrobiana in vitro aos antimicrobianos comumente utilizados. A alta incidencia de ma-formaçoes do trato urinario necessita maior atençao no seguimento clinico. Estudos posteriores se fazem necessarios para se conhecer a suscetibilidade antimicrobiana dos uropatogenos comunitarios.