Do despertar de esperanças ao nova esperança: território, narrativas e resistências de mulheres pelo direito à moradia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: CAVALCANTE, ANA ROCHELLY SILVA COSTA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113602
Resumo: A presente dissertação pesquisa as estratégias de resistência de mulheres na luta por moradia no contexto de ocupação e formação do Conjunto Nova Esperança, diante da (re)produção do espaço urbano. A ocupação Nova Esperança, em Baturité, no Ceará, suscita reflexões fundamentais sobre a produção do espaço urbano no sistema capitalista. Assim, esta pesquisa apresenta um panorama contextual de pequenas cidades, com ênfase no município cearense, e aborda os movimentos sociais urbanos, destacando o protagonismo feminino pelo direito à habitação e tecendo reflexões sobre vivências e desafios na cidade, sob uma perspectiva de gênero. Também são problematizadas as relações de poder e a fragilidade de políticas públicas em pequenas cidades, em particular políticas urbanas e habitacionais. O caminho de análise percorrido, centrado no processo de ocupação do Nova Esperança, não foi linear, mas uma trajetória de idas e vindas, construída com teorias, métodos e técnicas para a investigação social, ao que se somaram a capacidade criadora e as experiências da pesquisadora diante de imprevisibilidades. Para apreender e compreender a realidade, o estudo foi constituído de fase exploratória, trabalho de campo, bem como análise e tratamento de material empírico e documental, com aporte teórico assentado em autores do prisma social-crítico marxista (David Harvey, Ana Fani Alessandrine Carlos, Maria Gloria Gohn, Ermínia Maricato, Milton Santos, entre outros). Evidenciou-se, ainda, a história do movimento, com narrativas daquelas que iniciaram a ocupação, seu protagonismo e estratégias de resistência, as expressões que configuraram sua identidade coletiva e sentimentos de pertencimento, assim como seus complexos entrelaçamentos em face de uma sociedade capitalista, racista e patriarcal.