Comprando saúde: o consumo de remédios e seu contexto na Manaus antiga (1892-1939)

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Medeiros, Samuel Lucena de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Amazonas; Brasil; UEA; Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
• Palavras-chave em Português: Arqueologia Histórica .; Interdisciplinaridade .; Vidros de Remédio .; Manaus Antiga .; Ciências Humanas
• Link de acesso: https://ri.uea.edu.br/handle/riuea/1780

Este trabalho apresenta as considerações e inferências de uma pesquisa voltada ao viés da Arqueologia Histórica, com foco especial na Interdisciplinaridade. Vinculada à esta linha de pesquisa, analisa de forma exploratória e interpretativa o contexto de consumo que tange alguns artefatos histórico-arqueológicos existentes na cidade de Manaus de estreita relação com a manutenção da saúde. Guardados em laboratório, escolhemos três marcas de exemplares de vidros de remédio, sendo elas: “Leite de Magnesia de Phillips”, “Francisco Giffoni”, e “Tiro Mortal” de Lemos. Estes, permitem-nos vislumbrar através de seu contexto específico diversas práticas sociais na Manaus Antiga, entre finais do século XIX e início do século XX, que permeiam aspectos participantes nas mudanças tangíveis e intangíveis favorecidas pela transição de uma cidade em crescimento. Pesquisa multifacetada (multimétodo), utilizando-se da interdisciplinaridade comum ao seu viés, analisa tanto tecnicamente os artefatos em si, quanto busca enxergar “através” do objeto, utilizando-se para isso de fontes iconográficas e documentais que indicam um marcante comércio de medicamentos como parte de uma dinâmica cultural no campo da saúde e das representações. Discorre acerca da Arqueologia enquanto uma ciência humana e social, de onde nos utilizamos para desenvolver a pesquisa; apresenta uma breve contextualização do trajeto do tema concêntrico da saúde e doença no Amazonas, assim como de seus desdobramentos e práticas curativas e posterior comercialização das mesmas, onde estão localizados os medicamentos escolhidos; e por fim discute, por meio do entrecruzamento de dados, como podemos fazer inferências acerca de uma possível “Cultura de Consumo da Saúde” na Manaus Antiga do período escolhido, com impactos visíveis no comércio, recorrendo largamente a propagandas, difundido discursos e deslocando a saúde enquanto pensamento para meios formalizadores, representado pelo medicamento engarrafado e comercializado.