No soy paz, ¡soy guerra!: O lugar político do corpo e da memória na obra de Regina José Galindo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Goulart, José Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16080
Resumo: Com o intuito de demonstrar o lugar político do corpo e da memória na obra da artista Regina José Galindo (Guatemala, 1974), esta tese debruça-se sobre três de suas performances: Ascención (2016), La Verdad (2013) e Tierra (2013). Essas três obras foram criadas a partir de memórias e depoimentos de sobreviventes das ditaduras ocorridas na Guatemala (entrecortadas no período de 1964 e 1985), que originaram uma guerra civil (1960 a 1996), a tentativa de extermínio da população indígena do país com o genocídio Maya, além da desaparição forçada e morte de milhares de pessoas. Para tanto, buscou-se identificar o elemento político da ação dos corpos em estratégias atuais organizadas por movimentos sociais como uma demanda no enfrentamento a opressões vivenciadas por essas coletividades. Pensando em um contexto permeado pelo continente latino-americano, a discussão é voltada à produção de obras artísticas realizadas por mulheres influenciadas por vivências relacionadas a violências. Por fim, a memória, ou mais especificamente a memória traumática, foi pensada como elemento político de reivindicação do passado e de histórias que não são contadas. O trabalho teve como arcabouço teórico os estudos da pesquisadora mexicana Diana Taylor concernentes a memórias de trauma e performance, que auxiliaram nas reflexões acerca das obras de Galindo, bem como no que diz respeito ao corpo e à memória. Como complemento para o desenvolvimento desse estudo, as reflexões foram articuladas com auxílio da produção teórica de autoras e autores como Andreas Hussen, Ileana Diéguez Caballero, Georges Didi-Huberman, Jeane Marie Gagnebin, Julieta Paredes, Márcio Seligmann-Silva e Walter Benjamin.