Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gesser, Ana Fávia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20909
|
Resumo: |
A doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) foi identificada em dezembro de 2019 e desde então levou a um número muito grande de hospitalizações em todo mundo, com parte do infectados evoluindo para casos críticos, com tempo prolongado em ventilação mecânica (VM) e em unidade de terapia intensiva (UTI), e apresentando sequelas após a internação. O objetivo geral deste estudo foi investigar se sobreviventes de casos críticos da COVID-19 apresentam comprometimento do estado funcional, fadiga e qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS), após um ano da alta hospitalar. Trata-se de uma revisão sistemática registrada na plataforma PROSPERO (CRD42021258356), com buscas realizadas em oito bases de dados, sendo selecionados estudos observacionais em inglês, português e espanhol. Foi realizada metanálise de prevalência das anormalidades utilizando-se modelos de efeitos aleatórios. A avaliação do risco de viés foi realizada pela ferramenta para estudos observacionais do NHLBI. Foram incluídos 20 estudos de seguimento realizados entre 12 e 13,5 meses após a alta hospitalar. Dos 1828 participantes, 71% eram do sexo masculino e 77,7% foram intubados na UTI. Foram identificados prejuízos e sequelas em prevalências e graus variados, percebendo-se maiores impactos entre as avaliações de capacidade funcional do estado funcional, e aos componentes físicos de fadiga e QVRS. A taxa de anormalidades de 32,3% (IC 95% 23,9-41,9) encontrada na metanálise é substancialmente alta e clinicamente importante. A permanência prolongada em UTI e em VM foram associadas a piores desfechos entre as variáveis, porém nenhum estudo investigou associação com o retorno ao trabalho. A taxa de mortalidade descrita foi de 1 a 2%. A avaliação do risco de viés classificou 45% dos estudos com qualidade regular, 30% ruim e 25% boa. Em conclusão, pacientes que necessitaram de internação em UTI em decorrência da COVID-19 apresentam, um ano após a alta hospitalar, comprometimentos e limitações do estado funcional, fadiga e QVRS em prevalências e graus variados, principalmente aqueles com permanência prolongada em UTI e longos períodos em VM. Os achados desta revisão evidenciam a necessidade de acompanhamento destes pacientes pelo sistema de saúde, a fim de identificar quaisquer necessidades de reabilitação. |