Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Klann, Marcos Roberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16503
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Resumo: |
A investigação dessa pesquisa de mestrado se concentra em analisar as situações em que a quebra de expectativa sobre a trajetória de um espetáculo ou performance é desviada pelo acontecimento, pelo inesperado. Examina-se o que se produz e desvia do que se entende por criação artística, na fricção entre a proposição artística e o seu estar no mundo em relação. A questão é balizada sobretudo de experiências pessoais, como bailarino, performer e espectador, que geraram inquietações sobre os processos artísticos vivenciados. Sem se buscar a resolução das situações, a proposta é a aceitação dos desvios – muitas vezes compreendidos como falha – como parte da obra e como algo a ser agregado ao discurso poético do espetáculo. A quebra dessa expectativa é definida na pesquisa, como acontecimento catastrófico. O catastrófico é visto como inevitável na cena, algo que atravessa o processo artístico. O processo, nesta análise, não é dividido entre criação e apresentação de um espetáculo, pois é tomado como constante mover espalhado. Neste contexto entre negação e aceitação da catástrofe, o conceito de crença, a partir de Slavov Žižek (2012), é trazido para a pesquisa como um paradoxo. Pois como mantenedora de nossos atos a crença é tanto o mote do avanço para o novo, como também a estagnação e dificuldade em aceitar a perda daquilo que já não se sustenta no plano do agora. Os conceitos de gesto menor e artisticidade de Erin Manning (2019) são trazidos como modo de proceder frente aos acontecimentos, como uma superação da técnica em direção a um mais-que na performance. Transpassado por todo o texto da pesquisa o conceito de melancolia se fortifica como um modo de navegação no trauma da catástrofe, como maneira de se manter em avançando frente a impossibilidade de um fim, como procedimento de criação. |