Uso de blends à base de ácidos orgânicos e óleos essenciais na produção de frangos de corte

• Ano de defesa: 2025
• Autor(a) principal: Strapazzon, João Vitor
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Frango de corte; Carne - Qualidade
• Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16044

A busca por alternativas aos promotores de crescimento é um assunto recorrente dentro da produção animal. Por um lado, os promotores baseados em antibióticos possuem seus efeitos e doses já estabelecidos, mas com preocupações sobre a indução a resistência de microrganismos, por outro os ácidos orgânicos e óleos essenciais ainda não se apresentaram uma padronização nas doses e efeitos, porém possuem a vantagem de não haver entraves comerciais sobre a sua utilização na dieta de animais. Diante disso o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de produtos à base de ácidos orgânicos e óleos essenciais como aditivos na produção de frangos de corte e seus efeitos sobre o desempenho, histologia intestinal e qualidade da carne. Para realização deste experimento foram utilizados 300 pintainhos divididos em 4 tratamentos de 5 repetições com 15 animais cada. Todos os animais receberam uma dieta basal, sendo os tratamentos divididos pelos aditivos presentes na ração: CN – Controle Negativo, dieta controle contendo apenas a ração basal sem nenhum tipo de aditivo; PCA – Controle Positivo, dieta basal contendo a adição de enramicina, OEE – Óleos Essenciais e Extratos, dieta basal com adição de óleo essencial de alecrim, óleo essencial de tomilho, óleo essencial de anis, extrato de Quillaja saponaria e extrato de tocoferol; AC – Ácidos Orgânicos, dieta basal contendo ácido butírico, ácido propiônico, ácido cáprico e ácido caprílico. As aves foram avaliadas quanto ao seu desempenho produtivo (ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e viabilidade), análise histológica do intestino (vilosidades e criptas) e qualidade de carne (pH, capacidade de retenção de água, perda por cocção, força de cisalhamento e TBARS). Houve diferença significativa para ganho de peso e conversão alimentar no período de 1-35 e 1-42 dias para os tratamentos propostos, onde os tratamentos OE e AO tiveram resultados semelhantes ao PCA. Na histologia, as aves suplementadas com AO apresentaram maior comprimento de vilosidades, enquanto o grupo OEE tiveram menor profundidade de cripta. Nas análises de qualidade de carne a capacidade de retenção de água foi similar a todos os tratamentos estudados, com exceção ao AO. O nível de TBARS foi mais alto para as aves suplementadas AO. A utilização dos ácidos orgânicos e óleos essenciais associados a extratos apresentaram resultados satisfatórios na conversão alimentar e ganho de peso das aves nas fases finais de criação, podendo substituir o promotor de crescimento baseado em antibiótico deste estudo. Na análise de carne, os níveis de TBARS foram maiores para os AO e OEE, demonstrando um efeito não desejado. Houve influência dos tratamentos propostos no tamanho de vilosidades e criptas intestinais, dos quais podem ter influenciado positivamente no desempenho dos animais.