Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nunes, João Vítor Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17980
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Resumo: |
Essa tese configura-se como documentação e partilha de algumas histórias orais de sete mulheres da minha família, cujo sobrenome é Mulato. Escrevo em primeira pessoa e escolho o pronome feminino, ancorada na teoria junguiana sobre a ânima, para apresentar as narrativas das Mulato versando atos de coragem e resistência, bem como de suas lutas diárias no sertão e na capital do Rio Grande do Norte, para apontar que a resistência secular ao patriarcado é feminina. As histórias foram ouvidas e documentadas entre os anos de 2019 e 2023, por meio da realização do que nomeio metodologia da convivência e da prática da pesquisa de escuta. A tese argumenta a partir do entrelaçamento entre teorias feministas interseccionais e estudos decoloniais, de como o racismo, o sexismo, o elitismo, a misoginia e as violências de gênero operaram na vida dessas mulheres. Aponto como a convivência me permitiu (re)conhecer outros modos de resistência e sobrevivência no âmbito da fé religiosa, especialmente por meio das práticas na Umbanda. O objetivo da pesquisa é, além do registro de narrativas de mulheres, apresentar proposições de solos de dança via procedimentos de criação da dramaturgia da oralidade. Apresento relatos e dramaturgias dos processos artísticos dos seguintes solos de dança, criados e dançados por mim: Desalojada (2019), Onde as Éguas suam Sal e Espumam (2021) e PIÁ (2022). Por fim, serpenteio os solos com a pesquisa de escuta e com a dramaturgia da oralidade, buscando observar estreitas relações entre noções de gênero, interseccionalidade e a arte de criar composições coreográficas. |