Efeitos de proteases oriundas da fermentação de microrganismos sobre a digestibilidade de nutrientes e desempenho zootécnico em frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Marchiori, Maiara Sulzbach
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/19153
Resumo: O objetivo geral deste trabalho foi avaliar se a inclusão de diferentes doses de protease ácida e alcalina e a associação destas para frangos de corte, também avaliar o uso de diferentes fontes proteicas em relação ao blend de proteases, e se a protease possibilita maior aproveitamento de aminoácidos e se melhoram a digestibilidade e desempenho zootécnico em frangos de corte. Desta forma foram realizados três experimentos. O primeiro experimento foi realizado com 880 aves, dividido em 11 tratamentos, que consistiram em: Controle Positivo (CP), Controle Negativo (menos 5% de proteína bruta e aminoácidos) (CN), CN + três dosagens de Protease Ácida, 125 g/t (PA125), 250 g/t (PA250), 500 g/t (PA500), CN + três dosagens de protease Alcalina, 125 g/t (PLA125), 250 g/t (PLA250), 500 g/t (PL500) e CN CN + Protease Ácida + Alcalina 125 (PLA125), Alcalina 250 (PLA250), Alcalina 500 (PLA500). Nos dias 1, 10, 21 e 28 foram avaliados o desempenho zootécnico das aves. E dos dias 17 a 21 foi realizado um ensaio de digestibilidade. No final do experimento, foram realizadas análises de sangue, e as aves foram abatidas para análise da carne. Os grupos PLA 250 e PLA 500 apresentaram melhores conversões alimentares e maior retenção de nitrogênio (P = 0,02). O triglicerídeo foi superior nos grupos CP e PLA 500 (P = 0,01). Houve aumento nos ácidos palmítico e palmitoleico, e diminuição nos ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 na carne (P > 0,05). Os grupos com proteases tiveram maiores perdas de água por cocção (P = 0,05). O grupo PL teve maior relação vilo/cripta (P = 0,02). Após estes resultados foi realizado o segundo experimento, no qual foi produzido uma mistura dessas proteases. Então, foram utilizados 240 pintinhos divididos em quatro grupos: Controle Positivo (PC), Controle negativo (com redução de 8% de proteína bruta e aminoácidos) (NC), NC + Protease 125 g/t (BP125), NC + Protease 250 g/t (BP250). Foi realizado outro ensaio de digestibilidade, e as aves foram abatidas para coleta de conteúdo ileal, assim como mensurado o desempenho. O maior peso corporal e ganho de peso foi observado nas aves dos grupos PC e BP150; e os maiores coeficientes de digestibilidade ileal de nutrientes e aminoácidos (treonina, cisteina e triptofano) foi observado nas aves do grupo BP250. Na sequência, foi realizado um terceiro experimento com foco no desempenho zootécnico de frangos de corte usando um produto feito a partir do experimento 2 e inclusão de um subproduto o DDGs. Utilizou-se 720 pintainhos, distribuídos em seis tratamentos. Foram utilizados 720 pintainhos, divididos em seis tratamentos. Os tratamentos foram: CPF – controle positivo; CNF – controle negativo (valorização da protease), CNF125 – controle 21negativo mais protease; CPD – controle positivo com DDGs; CNF – controle negativo DDGs, CNF125 – controle negativo com DDGs mais protease. Os maiores ganhos de peso total e diário foram nos tratamentos CPF e CNF125 em relação aos demais tratamentos (P = 0,014; P = 0,013). Os CPF e CNF125 obtiveram as melhores conversões em relação os grupos CND e CND125 (P = 0,001). O custo (R$) médio em kg da ração foi reduzido conforme a diminuição de nutrientes na dieta, e o menor custo se manteve quando a enzima foi utilizada. Os CPF e CNF125 tiveram os melhores índices de eficiência produtiva. Como conclusão, o uso da protease para frangos melhora a digestibilidade de nutrientes e mantem o desempenho zootécnico com uma dieta com proteína reduzida, e o uso de DDGs reduz o valor de produção de rações, mas afeta o desempenho de aves de forma negativa.