Digestibilidade in vitro de matérias primas utilizadas em rações de frangos de corte e suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Müller, Jardel Andrei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17596
Resumo: Determinar os valores de energia metabolizável aparente corrigida para o balanço de nitrogênio (EMAn) e os coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos (CDAAs) das matérias primas utilizadas nas dietas para frangos de corte e suínos, é necessário para melhorar a precisão dos trabalhos com nutrição. As metodologias de digestibilidade padronizadas (in vivo), são impraticáveis nos programas de controle de qualidade, pelo seu custo e tempo para realização. Desta forma, a utilização de metodologias de digestibilidade in vitro e equações de predição, são alternativas para determinar a digestibilidade dos alimentos em menor tempo e permitir a correção dos valores assumidos na matriz de formulação de ração. O objetivo deste estudo foi avaliar se variáveis determinadas in vitro e de composição físico-químicas contribuem para a correlação das equações de predição da EMAn do milho para frangos de corte e suínos (artigo 1) e para a EMAn e os CDAAs das farinhas de origem animal (FOA) para frangos de corte (artigo 2).No artigo 1, foram avaliados seis lotes de milho, moídos em duas intensidades de moagem, denominados como milho com granulometria grossa (MGG) e milho com granulometria fina (MGF), perfazendo 12 tratamentos, e que foram submetidos a digestibilidade in vitro de três etapas, avaliadas em triplicata, e utilizados para determinar os valores de energia digestível in vitro (EDIV), digestibilidade in vitro da matéria seca (DIGIVMS) e o coeficiente de digestibilidade in vitro da energia bruta (CDIVEB). Entre os modelos gerados, o modelo que se ajustou melhor para estimar a EMAn para frangos de corte foi o 3, utilizando a EDIV (Y= 902,3+0,7319 x IDIV_MGF; R²= 0,617; erro de predição= 36,7 kcal/kg), e para suínos o melhor modelo foi o 12, que contemplou a EDIV, DGM e densidade (DN) (Y= -889,4 + 1,091 x IDIV_MGF + 2,085 x DN, se DGM = 450,23 ou -1811,4 -0,173 x DGM + 1,091 x IDIV_MGF + 2,085 x DN, se DGM > 450,23; R²= 0,976; erro de predição= 13,3 kcal/kg). No artigo 2, foram avaliadas duas farinhas de vísceras e ossos de frangos (FVOF1 e FVOF2) e uma farinha de vísceras e ossos de suínos (FVOS). Foram realizados dois experimentos in vivo, para determinar a EMAn e os CDAAs, para isso os animais foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com 16 tratamentos, 8 repetições e 10 animais por unidade experimental e foi realizado um experimento in vitro, para determinar a digestibilidade em pepsina, composto por 16 tratamentos avaliados em triplicata. As equações geradas apresentaram comportamentos distintos, na qual os CDAAs e a EMAn da FVOF1 tiveram efeito linear negativo (P<0,05) com a digestibilidade em pepsina, e para a FVOS o efeito obtido para o CDAAs foi quadrático e não houve efeito (P>0,05) para a EMAn e por último, a FVOF2 apresentou efeito linear positivo entre os CDAAs e a digestibilidade em pepsina, contudo não houve efeito (P>0,05) para a EMAn. A partir dos resultados obtidos em nosso estudo, pode-se concluir que é possível utilizar variáveis determinadas in vitro e de composição físico-químicas para melhorar equações de predição da EMAn e dos CDAAs de matérias primas utilizadas na nutrição de frangos de corte e suínos.