Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bassani, Maite Daiana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/15519
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Resumo: |
A presente pesquisa está atrelada ao Programa de Pós- Graduação em Educação, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), para obtenção do Mestrado em Educação, na linha de Pesquisa Políticas Educacionais, Ensino e Formação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, dispondo de alguns procedimentos metodológicos da etnografia, assumindo um caráter de estudo configuracional (ELIAS, 1999), que investiga as redes de relações entre os indivíduos, envolvendo a instituição de Educação Infantil, família e cidade. Redes de relações interdependentes, um termo cunhado por Norbert Elias (1994) para expressar as funções que os indivíduos exercem uns sobre os outros. Embora seres individuais, homens, mulheres e crianças são plurais na sua constituição enquanto grupos, na dimensão eu- nós e eles- outros. O presente trabalho teve como foco de investigação a relação entre cidade, crianças, famílias, e a Unidade de Educação Infantil. Tendo como problemática central a manutenção e conservação do ideário típico alemão blumenauense, em torno do habitus germânico, buscando compreender como ele opera na contemporaneidade com o grupo de crianças de três a quatro anos de idade, em seus modos de ser, pensar, agir, sentir. Partindo da referência projetada na cidade de Blumenau, fortemente amalgamada em uma autoimagem como Pedacinho da Alemanha no Sul do Brasil. O tipo de indivíduo ideal blumenauense, sustenta-se em comportamentos estabelecidos em uma rede de interdependência, engendrada por jogos de poder desde sua implantação como Colônia no século XIX. É nessas coalizões de forças, que buscou-se identificar os sentidos valorados nas redes interativas, consolidados pelo habitus germânico. Em se tratando de um estudo configuracional, selecionou-se como instrumentos de pesquisa, análise de fontes documentais, entrevistas com as famílias partícipes do estudo e professoras, observações no âmbito familiar e na Unidade de Educação Infantil na turma de três a quatro anos. Utilizando categorias sociológicas como habitus (ELIAS, 1994), fachada (GOFMANN), 1983), rotinas culturais, redes interpretativas, cultura de pares (CORSARO, 2011), o estudo parte do suposto que Blumenau no recorte temporal entre 2000 a 2018, veicula por formas simbólicas a manutenção de redes de interdependência que atuam, em coalizão de forças, para manter um cenário típico de germanidade. Tendo como unidade de análise os modos de ser, sentir, agir e pensar, manifestos pelas crianças em suas redes interativas, na produção e reprodução do ideário típico alemão blumenauense, o estudo identificou que para aquelas descendentes de alemães, o habitus germânico está expresso no seu modus vivendi, articulado ao sentimento de pertencimento às manifestações culturais produzidas na e pela cidade, de um tipo ideal de indivíduo ordeiro, limpo, próspero, trabalhador, com jardins floridos (SEYFERTH, 1981). Contudo, mostrou nessa rede de relações entre os indivíduos, que as crianças advindas de outras regiões do país, vivenciavam em suas rotinas culturais, diferentes comunidades de sentido (DIAS, 2009), diferenciando-se daquelas construídas e consolidadas pelos grupos estabelecidos blumenauenses. |