Cadê as sapas?: (in)visibilidades e representações lésbicas no teatro brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Anjos, Camile Cecília dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/21006
Resumo: Esta pesquisa investiga a exígua representação de experiências de mulheres lésbicas como temática focal em dramaturgias e suas encenações no teatro brasileiro dos séculos XX e XXI. A partir dessa aparente lacuna, são problematizados os processos de apagamento e de invisilibização das obras com temática sáfica especialmente aquelas produzidas por dramaturgas lésbicas. O objetivo da autora é apontar essa lacuna acadêmica e fomentar a reflexão sobre a representação e os processos de apagamento dessas identidades nas artes cênicas em âmbito nacional. A análise das peças As Moças (1969), de Isabel Câmara, e As Sereias da Rive Gauche (2002), de Vange Leonel, aliada às práticas artísticas no projeto cultural Cadê as Sapas? desenvolvidas pela autora em Dourados, Mato Grosso do Sul, propõe o termo "herstory sapatão" a partir do conceito “herstory”, desenvolvido por Robin Morgan nos anos 70, e sua aplicação no teatro feminista brasileiro (Miranda, 2017) para revisar criticamente a história do teatro brasileiro amparada pelas teorias feministas lésbicas. A pesquisa propõe novas formas de ver e compreender as vivências lésbicas, articulando teoria e prática a partir de uma abordagem interseccional lesbofeminista (Wittig, 2022, Rich, 2019, Lorde, 2019) e decolonial (Curiel, 2020, 2021, 2024). Ao questionar os mecanismos históricos que silenciaram ou distorceram essas representações no teatro, a tese propõe a criação de novos imaginários e epistemologias que valorizem e reconheçam as experiências lésbicas de maneira positiva.