Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Macedo, André de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16924
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Resumo: |
Nesta pesquisa, a atuação acontece como experiência da pessoa ao vivenciar o fluxo da cena. Nos últimos anos, irromperam, no campo da teoria sobre a atuação, propostas poéticas que colocam em dúvida a noção de personagem enquanto uma totalidade ou algo colocado como prioridade na cena. Com a elasticidade e a desmistificação da personagem enquanto completude, surgem espaços para uma constituição corpórea mais porosa, aberta e modificável pelo instante da experiência que atravessa o corpo no aqui e agora e que valoriza as intensidades que pode vivenciar como pessoa no presente do jogo. A cena contemporânea convida quem atua a explorar situações ficcionais e agir em tensão à representação, podendo criar uma margem entre a vida e a arte. Como objeto de análise será observado experiências que situam o corpo entre o cinematógrafo e o teatral, enfatizando o jogo e uma qualidade que pressupõem a não atuação e se aproximam do performativo. O método cartográfico adotado como procedimento de pesquisa pressupõe que a atenção seja contínua e imprevista, deixando o mundo afetar o corpo em cada movimento. Noções como contato (Grotowski), aqui e agora (Carreira), realidade do fazer (Meisner), jogo (Deleuze, Duvignaud), estranhamento (Chklovski), montagem (Eiseistein) contribuem para a constelação conceitual que investe na desorganização dos sentidos para adentrar em zonas de turbulência, acidentadas e que coloquem a pessoa que atua em risco e não saber. A ideia de (des)preparação surge em tensão ao paradigma da cena moderna e se alia a uma concepção da personagem caleidoscópica como resultado da experiência íntima entre o real e o ficcional. Como resultado, o procedimento da microficção seria aqui uma alternativa para fugir dos domínios do texto, da direção ou encenação e convocar a pessoa para tomar as decisões durante o jogo a partir do que lhe afeta. Neste caso, a decisão de interromper a cena diz respeito a quem atua. |