Determinação da concentração de metais pesados em camarões litopenaeus vannamei (boone 1931), cultivados no município de Laguna, Santa Catarina.

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Soler, Jéssica Terezinha Vitche da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Camarão marinho; Carcinicultura; Bioacumulação; Legislação ambiental
• Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/22467

O município de Laguna, localizado no sul de Santa Catarina é onde se concentra a maior parte das fazendas de produção de camarões branco do pacifico (Litopenaeus vannamei) do Estado. A região do estudo compreende o Sistema Estuarino-Lagunar (SEL) que compõe as lagoas de Santo Antônio (Laguna) na porção sul, Imaruí (Imaruí) na porção central e Mirim (Imbituba) na porção norte e recebe grande aporte de água doce dos rios adjacentes, sendo os mais predominantes os rios Tubarão e D unna. Em consequência dessa drenagem ocorre a contaminação do SEL, por diversas fontes poluidoras, são elas: extração e rejeitos de mineração, agricultura, esgotos sanitários e domésticos, entre outros, ocasionando na dispersão de metais como Cádmio (Cd) e Chumbo (Pb). Diante disso, o principal objetivo é determinar a concentração de metais pesados (Cd e Pb) em camarões cultivados (Litopenaeus vannamei) e analisar legislação ambiental da carcinicultura no Estado de Santa Catarina, com ênfase na região de Laguna Santa Catarina. As coletas foram realizadas em um período de três meses (dezembro, janeiro e fevereiro), em três diferentes fazendas (A, B e C), além disso foram realizadas coletas de água dos viveiros, para análise das concentrações destes metais. Os resultados obtidos indicaram a presença de concentrações dos metais cádmio e chumbo no músculo e exoesqueleto dos camarões L. vannamei, cultivados em três Fazendas (A, B e C). Os resultados apresentaram teores máximos de cádmio no tecido muscular em mg/kg-1 (0,5985 ± 0,0358; 0,6195 ± 0,03229; 0,2072 ± 0,027), e no exoesqueleto (0,5209 ± 0,1194; 0,4208 ± 0,0775; 0,7122 ± 0,1196), respectivamente, e teores de chumbo no tecido muscular em mg/kg-1 (3,5039 ± 0,7380; 3,3577 ± 0,8287; 3,0027 ± 0,7551) e no exoesqueleto (2,5849 ± 0,6349; 0,7388 ± 0,3788; 5,2912 ± 0,0757). Na determinação de cádmio nos músculos dos camarões, com exceção das amostras da fazenda A e B da coleta de dezembro estiveram abaixo do limite permitido pela legislação, para o exoesqueleto, com exceção das amostras das fazendas A (dezembro) e C (dezembro e fevereiro) estiveram abaixo do limite permitido pela legislação. Os teores de chumbo no músculo apresentaram limites acima do permitido para todas as fazendas (A, B e C), e no exoesqueleto, todas as amostras, com exceção da Fazenda A e B (janeiro) e C (fevereiro), apresentaram acima do limite permitido. As amostra de água coletadas nos viveiros dos camarões, apresentaram-se abaixo do permitido pela legislação para cádmio, e para chumbo todas as amostras estiverem acima do permitido pela legislação. Além das leituras dos metais já mencionado, será abordado uma discussão sobre as principais leis ambientais relacionadas a aquicultura com ênfase na carcinicultura, que atuam no processo de licenciamento da atividade, através de pesquisa bibliográfica da área. A carcinicultura no estado de Santa Catarina é Licenciada pelo IMA, e as normas para o licenciamento da atividade são geridas pela Resolução CONSEMA 133/2019, com base na resolução do CONAMA 312/2002, 302/2002, 303/2002 e também pelo novo Código Florestal, atendendo as suas referidas leis e decretos que complementam o processo de licenciamento.