Coprodutos industriais como alternativa na estabilização de solos e estado da arte do controle de poeiras em estradas rurais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pitz, Natali de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16943
Resumo: A formação de poeiras fugitivas nas estradas rurais e florestais não pavimentadas pode ser responsável por causar alguns problemas relacionados às condições de tráfego, aos veículos, e à saúde das pessoas que transitam por essas vias de acesso, causando principalmente problemas respiratórios em função das partículas de poeiras de menor tamanho, classificadas como poeira respirável. Dessa forma o objetivo deste trabalho é trazer uma breve revisão da literatura considerando o estado da arte do tema controle de poeiras em estradas rurais e florestais, além de testar o comportamento mecânico de solos e o efeito da adição de alguns cooprodutos industriais e outros componentes já utilizados no controle e supressão de poeiras. No Capítulo I, a revisão da literatura foi realizada de forma sistemática, considerando-se as etapas: (1) busca na literatura; (2) seleção dos artigos; (3) extração dos dados; (4) síntese dos dados; e (5) redação dos resultados. Foram utilizadas as principais plataformas de busca de trabalhos científicos, das quais foram utilizados 99 artigos. Apesar de ser um tema com um acréscimo no número de publicações nas últimas décadas, ainda existem poucos trabalhos sobre o controle de poeiras em estradas não pavimentadas. Existem muitos assuntos a serem melhor explorados dentro do tema, como a comparação de metodologias para a mensuração e desenvolvimento de metodologias mais economicamente viáveis; comparação entre supressores comerciais; e, também, testes com coprodutos e outros componentes químicos que apresentem potencial. No Capítulo II, avaliou-se o comportamento de solos de duas áreas experimentais nos municípios de Lages e Correia Pinto, SC, onde foram coletadas amostras a partir das laterais e centro dos trechos das vias rurais. Na etapa 1, os solos foram caracterizados e agrupados quanto à composição granulométrica, enquanto na etapa 2, somente os grupos de solos de Lages foram misturados com coprodutos industriais mais outros componentes utilizados no controle e supressão de poeiras, testando-se os seguintes tratamentos: T1 - Solo + 15% Areia de Leito Fluidizado + 5% Cal; T2 - Solo + 15% Areia de Leito Fluidizado + 5% Lama de Cal ; T3 - Solo+ 15% Areia de Leito Fluidizado + 5% Grits; T4 - Solo + 15% Areia de Leito Fluidizado + 5% Cal + 0,5% Poliacrilato de Sódio + 1% de Goma Xantana; T5 - Solo + 15% Areia de Leito Fluidizado + 5% Lama de Cal + 0,5% Poliacrilato de Sódio + 1% de Goma Xantana; T6 - Solo + 15% Areia de Leito Fluidizado + 5% Grits + 0,5% Poliacrilato de Sódio + 1% de Goma Xantana. Foram realizados os ensaios de granulometria por sedimentação e peneiramento, consistência e curva de compactação na energia normal. Os tratamentos T1, T2 e T3 apresentaram redução no índice de plasticidade em ambos os tipos de solos dos dois grupos da área experimental de Lages variando de 8,1% a 5,4% no G3LG e 3,03% a 0,13% no grupo G4LG, aumento de até 0,08 g.cm³-1 na massa específica aparente seca máxima dos solos do grupo G3LG. Os demais tratamentos (T4, T5 e T6) causaram aumento nos índices de plasticidade de até 39% no G4LG e 20% no G3LG e diminuindo a massa específica aparente seca máxima de compactação em até 0,2 g.cm³-1 no G4LG. De maneira geral os tratamentos de 1 a 3 diminuíram os índices de plasticidade e aumentaram a massa específica aparente seca máxima de compactação se mostrando alternativas mais interessantes para utilização na estabilização de solos em relação aos tratamentos de 4 a 6.