Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Taina de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20686
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Resumo: |
Introdução: A identificação da Síndrome da Fragilidade (SF) possui grande aplicabilidade clínica, com potencial para nortear condutas, predizer desfechos, auxiliar na definição de objetivos de tratamento, no gerenciamento e alocação de recursos. Atualmente, existem mais de 50 instrumentos de avaliação e triagem da SF disponíveis, em diferentes idiomas, porém, apenas nove instrumentos foram adaptados ao contexto brasileiro. O conhecimento e a disponibilidade de ferramentas validadas são fundamentais para a adequada avaliação da SF. Objetivo: Estudo 1 (E1): Identificar e descrever as ferramentas de triagem e avaliação, utilizadas no ambiente hospitalar, para identificar a SF em adultos e idosos submetidos ou aguardando cirurgias cardiovasculares. Estudo 2 (E2): A) Adaptar transculturalmente para o português brasileiro, a Clinical Frailty Scale (CFS) Classification Tree e os CFS Health Questionnaires e B) Avaliar propriedades de medida da versão brasileira da CFS Classification Tree e dos CFS Health Questionnaires. Métodos: E1: Revisão de escopo, conduzida de acordo com as recomendações atuais e apresentada seguindo o checklist PRISMA-ScR, com base em estudos observacionais e ensaios clínicos, publicados na íntegra a partir de 2001, que relataram instrumentos de triagem e/ou avaliação da SF em adultos e idosos aguardando ou submetidos a cirurgias cardiovasculares. E2: Estudo metodológico para adaptação transcultural, seguido de estudo observacional para avaliação de propriedades de medida. A coleta de dados ocorreu em dois dias, por dois avaliadores distintos, permitindo a análise da confiabilidade teste-reteste e interavaliador, além da validade de critério. Análise estatística: E1: Estatística descritiva com dados quantitativos apresentados em média e desvio padrão, e dados qualitativos em frequência absoluta e relativa. E2: A distribuição dos dados foi avaliada pelo teste de Kolmogorov–Smirnov. O coeficiente de correlação intraclasse (ICC2,1) foi utilizado para determinar a confiabilidade interavaliadores e teste-reteste, e o coeficiente de correlação de Spearman para a validade de critério. Adotou-se nível de significância estatística de 5% para todas as análises. Resultados: E1: A busca recuperou 893 referências; após remoção das duplicatas, triagem de títulos e resumos, e leitura de texto completo, 19 artigos foram selecionados com um total 5.205.243 participantes cardiocirurgicos. Nestes estudos, quinze diferentes ferramentas foram usadas para avaliação da SF, porém apenas 2 dos instrumentos utilizados foram desenvolvidos para utilização no contexto das cirurgias cardiovasculares.E2: As duas versões do CFS Health Questionnaire, bem como a CFS Classification Tree foram submetidas ao processo de tradução e adaptação transcultural. A versão brasileira dos instrumentos apresenta alta confiabilidade teste-reteste (ICC 0,904 [IC95% 0,848 – 0,940]; p<0,001), e interobservador (ICC 0,833 [IC95% 0,745 – 0,893]; p<0,001). A validade de critério foi considerada adequada, pois as duas versões do CFS Health Questionnaire e a Escala de Fragilidade de Edmonton apresentaram correlações moderadas e significativas (rho 0,695; p<0,001). Conclusão: E1: Apenas duas ferramentas foram desenvolvidas especificamente para avaliação da SF no cenário das cirurgias cardiovasculares, porém, as demais ferramentas relatadas demonstraram capacidade de prever desfechos neste cenário. E2: A CFS Classification Tree e os CFS Health Questionnaires foram traduzidos e adaptados de maneira satisfatória. A versão brasileira dos instrumentos é válida e apresenta alta confiabilidade para avaliação da fragilidade em pessoas idosas no ambiente ambulatorial. |