Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Graziele Besen |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20936
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Resumo: |
Introdução: A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) pode variar em gravidade e para alguns resultar na persistência dos sintomas além da fase aguda. O exercício físico é parte importante na reabilitação destes indivíduos, porém fatores comportamentais podem influenciar na capacidade de adesão e manutenção da prática de exercícios. A Teoria da Autodeterminação (TAD) explora a motivação para o exercício pelo suprimento das necessidades psicológicas básicas (NPB) na promoção do comportamento autodeterminado. A identificação das regulações motivacionais (RM), autodeterminação e NPB em indivíduos pós-COVID-19 pode contribuir para a recuperação destes. Porém ainda não se conhece se existem diferenças nessas variáveis entre aqueles com e sem sintomas persistentes. Objetivos: descrever as RM, IA e NPB para o exercício físico em indivíduos pós-COVID-19 e compará-las quanto a presença ou não de sintomas persistentes, o nível de atividade física e o estado funcional; além de verificar se existem associações entre as RM, autodeterminação e NPB para o exercício físico com o estado funcional e o nível de atividade física. Método: indivíduos que tiveram COVID-19 responderam a um formulário online contendo dados de identificação e clínicos, presença ou não de sintomas persistentes, estado funcional, RM, NPB para o exercício e nível de atividade física. Os indivíduos foram divididos em quatro grupos: internados com sintomas persistentes (ICSP), não internados com sintomas persistentes (NICSP), internados sem sintomas persistentes (ISSP) e não internados sem sintomas persistentes (NISSP). As comparações entre os grupos foram realizadas por meio dos testes de Kruskal Wallis, seguidas pelo teste U de Mann Whitney, com nível de significância de 5%. Resultados: participaram 251 indivíduos (75,3% mulheres), 39,7±12,8 anos, PCFS 1 [1-2]. Indivíduos pós-COVID-19 com sintomas persistentes mostram pior motivação para exercícios (regulações motivacionais autodeterminadas, autodeterminação e NPB) comparados aos sem sintomas (p<0,05 para todos). Os indivíduos de ambos os grupos com sintomas persistentes também apresentaram NPB estatisticamente inferiores ao grupo de internados sem sintomas persistentes e indivíduos internados com sintomas persistentes apresentaram pior regulação integrada e autodeterminação comparados ao grupo de internados sem sintomas persistentes. Sedentários e indivíduos com limitações funcionais pós-COVID-19 têm pior perfil motivacional para o exercício. Por fim, correlações significantes foram encontradas entre nível de atividade física, estado funcional pós-COVID-19 e motivação para o exercício. Conclusão: existe diferença entre as RM, autodeterminação e NPB para o exercício físico em indivíduos pós-COVID-19 com ou sem sintomas persistentes, sendo piores nos grupos com sintomas persistentes. Menores níveis de atividade física e limitação funcional também parecem influenciar no perfil motivacional de indivíduos que tiveram COVID-19. Tal influência dificulta a aderência ao exercício e consequentemente ao tratamento sugerido para a resolução de alguns dos sintomas persistentes. |