Uso de blend inativador de micotoxinas em dietas de frangos de corte contaminadas por deoxinivalenol e fumonisina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Prigol, Carolini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18071
Resumo: Um dos desafios existentes na produção avícola é a contaminação dos alimentos por micotoxinas, que afetam a saúde e o desempenho das aves e geram, portanto, perdas econômicas significativas. As micotoxinas deoxinivalenol (DON) e fumonisina B1 (FB1) comprometem a saúde intestinal, o sistema imunológico e o desempenho das aves, além de aumentar a susceptibilidade a doenças. Diante desse cenário, estratégias eficazes para minimizar esses efeitos são essenciais. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do uso de um inativador de micotoxinas a base de Saccharomyces cerevisiae sobre o desempenho, características morfológicas intestinais e variáveis bioquímicas de frangos de corte alimentados com rações contaminadas com as micotoxinas DON (3 ppm) e FB1 (30 ppm). Foram utilizados 450 frangos de corte machos com um dia de idade, que foram distribuídos em seis tratamentos com sete repetições de 15 aves cada, conforme segue: CN – Controle negativo (ração sem contaminação); CP – Ração contaminada com DON e FB1; CP+D500 – Ração contaminada + Produto inativador 500 mg/kg; CP+D750 – Ração contaminada + Produto inativador 750 mg/kg; CP+D1000 – Ração contaminada + Produto inativador 1000 mg/kg; CN+D1000 – Ração sem contaminação + Produto inativador 1000 mg/kg. O desempenho zootécnico foi mensurado nos períodos de 1 a 21, 1 a 35 e 1 a 42 dias. Amostras de sangue foram coletadas aos 42 dias de idade para análises de indicadores de estresse oxidativo e a relação esfingosina/esfinganina, no mesmo dia foi realizada a eutanásia de cinco aves para coleta de amostras do fígado destinadas a mensuração de marcadores de estresse oxidativo e amostras do epitélio intestinal para histopatologia (altura de vilosidade e profundidade de cripta). O consumo de ração das aves não foi afetado pelos tratamentos em nenhum dos períodos de criação, entretanto, as aves não desafiadas com as micotoxinas apresentaram maior ganho de peso. As aves dos grupos CP e CP+D500 tiveram as piores conversões alimentares (CA) em todas as fases de criação, porém, as aves dos grupos CP+750 e CP+1000 não diferiram das dos grupos não contaminados. Constatou-se um aumento de ROS no fígado e maior relação esfingosina/esfinganina nas aves do CP em relação aos demais grupos, já para TBARS também se observou um aumento nas aves do CP em relação as dos grupos CN, CP+D750, CP+D1000 e CN+D1000. As aves dos grupos CN+D1000 e CP+D1000 tiveram o maior tamanho de vilosidade intestinal em relação aos demais tratamentos. Já a maior profundidade de cripta foi observada nas aves do CN+D1000 e CP+D1000 em comparação as do CN. Conclui-se que o consumo de micotoxinas prejudicou o desempenho e elevou o estresse oxidativo das aves. Porém, a adição de 1000 mg/kg do produto testado minimizou os efeitos negativos observados na CA e o estresse oxidativo causado por DON e FB1, além de proporcionar maiores tamanhos de vilosidades intestinais nos frangos de corte.