Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Luana Caroline Souza Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20166
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Resumo: |
A ovinocultura leiteira no Brasil tem experimentado uma expansão nos últimos anos, refletindo um aumento tanto na produção quanto na demanda por produtos derivados do leite de ovelha. O manejo de ordenha dos animais destinados à exploração leiteira é um processo crucial, tanto do ponto de vista econômico, quanto para a obtenção de um leite íntegro. Ao adotar as práticas adequadas de higiene e profilaxia é possível minimizar os riscos e obter alimentos seguros e de qualidade. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi caracterizar as propriedades leiteiras nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, de modo a investigar as práticas de manejo, as percepções, as necessidades e as demandas dos produtores, e determinar as condições higiênico-sanitárias dos rebanhos. Para tal, realizou-se a avaliação da qualidade microbiológica do leite cru, por meio das contagens e detecção de microrganismos, com ênfase no Staphylococcus aureus, com a avaliação da sensibilidade aos antimicrobianos utilizados na sanidade animal: eritromicina (15µg), linezolida (10µg), oxacilina (1µg), penicilina G (10µg), cefoxitina (30µg), gentamicina (10µg), amoxicilina + ácido clavulânico (30µg) e clindamicina (2µg) e também exclusivamente na saúde pública: cloranfenicol (30µg) e vancomicina (30µg) e a expressão dos genes de resistência mecA e vanA e os genes produtores de enterotoxinas estafilocócicas sea e see. As amostras de leite foram coletadas em duas propriedades do oeste de Santa Catarina (Lageado Grande (P1) e Chapecó (P2)). Já o questionário foi aplicado para todas as propriedades envolvidas no estudo, de forma presencial ou on-line. Nas amostras de leite foram mensurados os valores de pH e a qualidade microbiológica, por meio da detecção de Salmonella sp., e Listeria monocytogenes e das contagens de S. aureus, Escherichia coli, Bacillus cereus, contagem bacteriana total, coliformes totais, bolores e leveduras. Nos isolados de S. aureus foram avaliados o perfil de resistência frente aos antimicrobianos e a amplificação dos genes associados à resistência e produção de enterotoxinas, através de PCR. Os resultados da aplicação do questionário revelaram as particularidades do setor, destacando diferenças nas práticas adotadas e principalmente nos portes em relação ao efetivo animal, além de oportunidades de melhorias no manejo higiênico-sanitário da ordenha e na adoção de acompanhamento por profissionais zootecnistas ou veterinários. Os produtores mostraram-se cientes das limitações do negócio e dispostos a aprimorar a atividade. Os resultados laboratoriais indicaram que não houve diferença significativa (p<0.05) para os valores de pH, contagem bacteriana total, contagens de S. aureus, B. cereus e láticas entre as propriedades, do mesmo modo, em ambas houve ausência de patógenos como E. coli, Salmonella sp. e L. monocytogenes. As contagens de coliformes totais, bolores e leveduras apresentaram diferença Pág. 07 de 110 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo UDESC 00043519/2024 e o código N02Q89SP. 34 significativa (p<0.05) entre as propriedades, sendo maiores na P1. Observou-se ainda que 60% das amostras de leite apresentaram S. aureus e a resistência bacteriana geral encontrada através do teste de disco difusão foi de 83,3%, com 75% para vancomicina, 8,3% para penicilina G e oxacilina, e sem resistência aos demais antimicrobianos. A análise genotípica não detectou a amplificação dos genes de resistência mecA e vanA ou dos genes produtores de enterotoxinas sea e see. Assim, é essencial realizar monitoramentos contínuos e investigações detalhadas dos mecanismos genéticos de resistência antimicrobiana, além de desenvolver estratégias eficazes de prevenção e controle focadas na garantia de alimentos seguros e de qualidade. |