Modelos tradicionais e de efeito misto para predição do volume comercial de madeira em área de manejo florestal na Amazônia

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Almeida, Bruno Rafael Silva de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Florestas tropicais - Conservação; Manejo florestal; Análise volumétrica; Áreas de conservação de recursos naturais - Pará
• Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/14960

As florestas tropicais possuem a maior biodiversidade do planeta, sua florística é composta de árvores de grande porte, o que lhe atribui um elevado potencial madeireiro. A grande quantidade de recurso madeireiro que compõe essas vastas florestas necessita ser melhor aproveitado. No entanto, é necessário aperfeiçoar as técnicas de estimativa para a correta predição do volume a ser explorada nos empreendimentos florestais, visto que estimar incorretamente pode resultar em danos financeiros para a empresa e um subaproveitamento da matéria prima. A dissertação teve o objetivo de avaliar cenários de modelagem, utilizando diferentes formas de estratificação de dados na modelagem tradicional, além de utilizar a modelagem de efeito misto para predição do volume comercial de espécies nativas da Amazônia, o estudo foi dividido em dois capítulos: o primeiro teve o objetivo de avaliar diferentes cenários para o ajuste de modelos volumétricos, a fim de identificar a estratégia que resulte em predições mais precisas do volume comercial das principais espécies exploradas na Floresta Nacional do Tapajós (FNT). O segundo objetivou ajustar modelos de efeito misto para as cinco principais espécies manejadas na FNT e comparar sua precisão na predição do volume comercial em relação a modelagem tradicional. O estudo foi realizado com dados coletados em uma Área de Manejo Florestal pertencente à Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós - COOMFLONA, localizada na FNT, município de Belterra, Estado do Pará. Os dados referentes ao diâmetro à altura do peito (dap) e altura comercial (hc) utilizados nos ajustes foram provenientes de inventário florestal e cubagem rigorosa das árvores de dez Unidades de Produção Anual (UPAs), manejadas entre os anos de 2007 a 2016. Para a escolha do melhor modelo para cada um dos três cenários, I - ajuste para 44 espécies agrupadas, II – ajuste por espécie para as cinco principais espécies manejadas e III – ajuste para cinco espécies com estratificação por classe diamétrica, foram utilizados os seguintes critérios: Coeficiente de determinação ajustado (R2aj (%)), erro padrão da estimativa (Syx (%)), critério de informação de Akaike (AIC), critério de informação Bayesiano (BIC), análise gráfica dos resíduos e de multicolinearidade. A precisão do modelo de efeito misto, aplicado apenas nos cenários I e II, foi avaliada pelo Syx (%), AIC, BIC e análise gráfica dos resíduos. A equação genérica, com espécies agrupadas, foi superior quando comparado aos ajustes individuais e por classes diamétricas para todas as espécies. A equação genérica apresentou resultados superiores aos encontrados na estratificação por espécie e por classe diamétrica. De modo geral, o modelo de Schumacher e Hall não linear foi menos preciso somente quando comparado com a sua versão com efeito misto, que resultou em melhores predições para o volume individual nos dois cenários avaliados.